O advogado Nelson Wilians, que atua na defesa do cantor Gusttavo Lima, informou nessa segunda-feira (23) que vai pedir a reconsideração do Tribunal de Justiça de Pernambuco em favor do artista e do empresário Boris Maciel, que tiveram a prisão preventiva decretada.
O argumento usado pelo advogado se baseia na decisão que revogou a prisão de 17 suspeitos presos na Operação Integration, que investiga uma suposta organização criminosa ligada à lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar.
Entre os beneficiados, estão a influenciadora Deolane Bezerra, a mãe dela, Solange Bezerra, o dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e os donos da Vai de Bet, José André da Rocha Neto e Aislla Rocha. José Rocha é sócio de Gusttavo Lima na empresa.
“Na sexta-feira (20/9), solicitamos a reconsideração da decisão do Tribunal de Justiça em favor dos dois donos da Vai de Bet e despachamos o pedido em Recife”, disse Wilians. “A decisão saiu há pouco. Agora, estamos pedindo a extensão dela para beneficiar Gusttavo Lima e Boris Maciel. O pedido já está sendo protocolado.”
A solicitação, conforme o advogado, segue a mesma linha da decisão judicial de mais cedo, de que, como não há denúncia, não há motivo para a detenção. Contudo, o advogado fará uma ressalva: “Não há cautelares que impeçam o exercício da atividade profissional do Gusttavo como artista”, explicou.
Decisão que soltou Deolane
Há poucas horas, a Justiça de Pernambuco decidiu soltar a Deolane, a mãe dela, Solange Bezerra, o dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e outras 14 pessoas que tinham sido presas de forma preventiva na operação.
Na decisão da 4ª Câmara Criminal do Recife, ficou estabelecido que os investigados não poderão mudar de endereço sem autorização judicial; não se ausentar da cidade onde residem; não praticar outra infração penal dolosa; e comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital.
Além disso, eles estão proibidos de frequentar qualquer empresa que esteja relacionada com a investigação da operação Integration.
O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que assinou a decisão, afirma que até o momento não foi oferecida denúncia contra os investigados e, por isso, não há motivo para que eles continuem presos.
Ele destacou ainda que o Ministério Público (MP) tinha opinado contra as prisões dos investigados por entender que seria necessário mais diligências sobre o caso. Ainda segundo o MP, a prisão neste momento causaria “constrangimento ilegal” aos envolvidos.