Em tempos de crise, todo brasileiro tem que apertar os cintos e os bolsos para poder sobreviver financeiramente de forma confortável. Alguns especialistas chamam esse ‘cuidado’ de responsabilidade. Com juros mais altos, inflação subindo mês a mês, cesta básica reajustada rotineiramente, sempre acrescendo alguns dígitos, é de se pensar que aqueles que foram eleitos pelo povo também estejam preocupados em economizar.
Pensando nisto, a reportagem do Paraíba Já realizou um levantamento de como os deputados federais paraibanos estão usando os recursos das cotas parlamentares. Os dados são fornecidos pelo portal da transparência da Câmara Federal.
Despesas com combustível, aluguel de veículos, telefone fixo e móvel, serviços postais e até cafezinho estão incluídos dentro dessas cotas.
Os doze deputados paraibanos gastaram, juntos, aproximadamente, R$ 3.556.837 milhões de janeiro até setembro deste ano.
O deputado que mais gastou das cotas parlamentares foi o peemedebista Manoel Junior, com R$ 354.974 mil. Logo em seguida, outro peemedebista. O campinense Veneziano Vital do Rêgo gastou R$ 340.428 mil.
Já na outra ponta da lista, figuram os deputados Wellington Roberto (PR), que gastou R$ 149.870 mil, e, Pedro Cunha Lima, R$ 171.405.
A diferença entre Manoel Junior e Wellington Roberto é de, aproximadamente, R$ 205 mil. Ou seja: o deputado do PR gastou 42,22% do que o peemedebista gastou no mesmo espaço de tempo.
Outro fator importante é de que, entre os cinco primeiros do ranking, os três deputados do PMDB aparecem. O presidente da CPI da Petrobras Hugo Motta é o quarto colocado. Os custos com cotas parlamentares dele foi de R$ 327.069 mil.
Procurado pela reportagem , Manoel Junior explicou que os gastos com as cotas parlamentares é “totalmente lícito” pela Câmara Federal. Além disso, para ele, esse tipo de levantamento é um “desserviço à população paraibana e à democracia”. “Eu trabalho muito, trazendo recursos para o nosso Estado. Esse tipo de coisa, para o leitor mais desinformado, é danoso”, declarou.
Já o tucano Pedro Cunha Lima afirmou que gerenciar os gastos com as cotas parlamentares é uma questão de consciência da realidade socioeconômica que o país vive.
“Para as pessoas, a população, o que interessa é a urgência. E hoje, urgência é saúde, educação e segurança. Então enquanto não houver o mínimo de oferta pública na saúde e numa educação de qualidade é preciso dar um novo conceito a forma com que gastamos o dinheiro público. É defendendo essa bandeira de uma reforma administrativa que priorize a urgência que eu defendo a diminuição dos custos e faço a minha parte”, disse.
Veja a lista abaixo:
1 – Manoel Junior (PMDB): R$ 354.974 mil
2- Veneziano Vital do Rêgo (PMDB): R$ 340.428 mil
3 – Wilson Filho (PTB): R$ 331.320 mil
4 – Hugo Motta (PMDB): R$ 327.069 mil
5 – Benjamin Maranhão (SD): R$ 291.178 mil
6 – Efraim Filho (DEM): R$ 275.365 mil
7 – Rômulo Gouveia (PSD): R$ 258,219 mil
8 – Damião Feliciano (PDT): R$ 214.456 mil
9 – Aguinaldo Ribeiro (PP): R$ 210.436 mil
10 – Luiz Couto (PT): R$ 176,573 mil
11 – Pedro Cunha Lima (PSDB): R$ 171,405 mil
12 – Wellington Roberto (PR): R$ 149.870 mil