A Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, fez novo cruzamento de dados do auxílio emergencial com as folhas de pagamento do Governo do Estado e das prefeituras e Câmaras de Vereadores da Paraíba, referentes ao mês de maio de 2020. Foi constatada a existência de mais 10.526 servidores públicos que receberam indevidamente o benefício na Paraíba.
Com o resultado desse novo cruzamento de dados, o número de servidores públicos no Estado que receberam o benefício de forma indevida atinge o total de 36.775 e o montante de R$ 48.465.000,00 pagos indevidamente.
Assim como fez na ocasião anterior, a CGU enviará as novas listas ao Governo do Estado, às prefeituras e às Câmaras de Vereadores, para que orientem seus servidores a devolver os valores recebidos, e ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para as providências cabíveis.
Os servidores públicos que pediram e receberam o auxílio indevidamente podem vir a responder pelos crimes de falsidade ideológica e/ou peculato, ambos previstos no Código Penal Brasileiro, cujas penas previstas são de reclusão e multa, além de configurarem possíveis infrações disciplinares. As ocorrências demandam apuração individualizada, a fim de detectar os casos onde houve ou não má-fé.
Pela forma de operacionalização do benefício, é possível que os servidores não tenham feito solicitação para seu recebimento, mas que tenham sido incluídos como beneficiários do auxílio emergencial de forma automática por estarem no Cadastro Único para programas sociais ou por serem beneficiários do Programa Bolsa Família.
Outra possibilidade é que o CPF tenha sido inserido como solicitante do auxílio de forma indevida por outra pessoa e não necessariamente pelo próprio servidor.
Para efetivar a devolução dos valores recebidos indevidamente, de forma espontânea, basta entrar no endereço eletrônico https://devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br/devolucao, preencher os dados, gerar a Guia de Recolhimento da União (GRU) e pagar na rede bancária.
Em caso de dúvidas, ligar para os números (83) 2108-3047 e 2108-3046, bem como enviar e-mail para [email protected].