A presidente Dilma Rousseff ficou furiosa com a confusão criada pela frustrada tentativa de uma comitiva de senadores brasileiros de visitar presos políticos venezuelanos.
Ela comentou com mais de um auxiliar que o governo da Venezuela agiu como agiria o governo brasileiro caso aqui desembarcasse uma comitiva de senadores estrangeiros para, por exemplo, visitar nossos presídios.
Foi uma afronta à soberania venezuelana a pretensão dos senadores de visitar presos políticos em Caracas, segundo Dilma. Presos que ela acha que não são presos políticos. São presos simplesmente.
Liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), a comitiva serviu mais aos propósitos da oposição por aqui do que aos da oposição venezuelana, argumentou Dilma.
Mesmo assim, diante da repercussão do episódio no Brasil, a presidente sentiu-se obrigada a orientar o Itamaraty para que emitisse uma nota de protesto contra a recepção hostil aos senadores.
Por sinal, uma nota frouxa, burocrática, sem o menor vestígio de indignação.