A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (26) que o Brasil vai iniciar “um verdadeiro combate ao vírus da zika” e que, além do governo, o trabalho também deve ser da sociedade. A declaração foi dada em Quito, no Equador, onde ela participa da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribe (Celac).
Dilma também falou sobre o possível desenvolvimento de uma vacina contra o vírus. “Se ainda hoje nós não temos uma vacina, tenho certeza que iremos ter, mas vai levar um tempo. A maior vacina contra o vírus da zika é um combate de cada um de nós”, pontuou.
A presidente ainda prometeu “extremo empenho” por parte do governo e afirmou que o objetivo deve ser acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti. “A fêmea, por exemplo, ela põe 400 ovos. Quanto mais água parada, mais esse mosquito se reproduz, e nós não podemos deixá-lo nascer. Então, vai ser um combate casa a casa”, disse.
Segundo o Blog do Camarotti, o governo federal já foi informado que os casos de microcefalia relacionados ao zika vírus já superaram a marca de 4 mil no país. Os números foram levados ao Palácio do Planalto e devem ser divulgados em breve.
A cada semana, são contabilizados 200 novos casos de microcefalia. Até o dia 16 de janeiro, havia 3.893 casos. Destes, 230 tiveram confirmação de microcefalia e outros 282 foram descartados. Os demais casos são investigados pelo Ministério da Saúde.
Gestantes do Bolsa Família
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou na segunda-feira (25) que o governo distribuirá repelentes às grávidas cadastradas no programa Bolsa Família, para que possam se proteger do mosquito Aedes aegypti.
A pasta informou que agendou uma reunião com fabricantes de repelentes para ver a quantidade que eles podem fornecer. Para as grávidas que não estão no programa, o ministro recomendou que usem os repelentes aprovados pela Anvisa.
Castro disse também que, na próxima sexta (29), a presidente Dilma participará de videoconferência com governadores para discutir medidas de combate ao Aedes aegypti, classificado pelo ministro de “inimigo número um do Brasil”.
Segundo o ministro, o governo já está fazendo o “máximo que pode” para combater o mosquito, e é preciso que a sociedade se conscientize sobre as formas possíveis para evitar que o Aedes aegypti se prolifere.
Durante a entrevista, Marcelo Castro disse também que o Ministério da Saúde recomenda às mulheres que “andem sempre protegidas, de mangas compridas, calças compridas, meias, sapatos, cobrindo todas as partes do corpo para evitar que elas sejam picadas pelo mosquito.”