Após o protesto na Venezuela nesta quinta-feira (18) contra senadores brasileiros, a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieria, se reuniram no Palácio do Planalto. A expectativa é que a Presidência se manifeste oficialmente sobre o caso.
O grupo formado por oito senadores, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG), José Agripino (DEM-RN) e Ricardo Ferrado (PMDB-RS), está no país para pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares. Nesta quinta, ao deixar o aeroporto de Caracas, capital da Venezuela, os parlamentares enfrentaram dificuldades. O objetivo era visitar presos políticos no país vizinho.
No fim da tarde, Dilma e o ministro Mauro Vieira se reuniram com empresários norte-americanos que estão no Brasil para um encontro com colegas brasileiros. Embora não haja confirmação oficial sobre o encontro entre Dilma e Mauro Vieira, assessores do Planalto disseram ao G1 que os dois devem ter tratado do assunto.
Em função do episódio, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobraram reação do governo brasileiro. Na avaliação de Renan, a presidente Dilma deveria reagir de forma “altiva”. Cunha, por sua vez, chegou a dizer que o Brasil deveria manifestar “repulsa” à “agressão” aos senadores.
“Eu não acho que ela [Dilma] deve convocar o embaixador [brasileiro na Venezuela, Ruy Pereira]. Esta é uma decisão dela. Mas que o governo brasileiro deve manifestar a sua repulsa à agressão, isso não tenho dúvida nenhuma”, afirmou o presidente da Câmara.