Aconteceu na partida de abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, no Itaquerão, e era inevitável que acontecesse neste domingo no Maracanã. Poderia ser pior, com um eventual título da Argentina, mas mesmo com a conquista alemã a presidente Dilma Rousseff foi vítima de fortes vaias todas as vezes que apareceu nos telões do estádio.
Dilma apareceu pela primeira vez ao lado da chanceler alemã Angela Merkel e do presidente da Fifa, Joseph Blatter, pouco antes da premiação de Manuel Neuer como melhor goleiro da Copa e de Lionel Messi como melhor jogador do torneio. Apesar do momento de celebração, a imagem da presidente fez logo ecoar a vaia, tomando conta de todo o estádio.
Na sequência, Dilma apareceu também quando os argentinos subiram ao palco para receber as medalhas de prata e quando os alemães, na sequência, receberam as de ouro. Mais uma vez, as palmas aos protagonistas do espetáculo futebolístico foram trocadas pelo alarido contra a governante.
Por fim, nem o momento da entrega do troféu aos novos tetracampeões do mundo serviu para que os torcedores presentes no Maracanã dessem uma trégua. Pior. Enquanto a entrega da taça era anunciada, as vaias só perderam em volume para dar lugar aos xingamentos, também repetindo os da abertura, de “ei, Dilma, vai tomar no c…”.
Com expressão fechada, Dilma só deixou de ser alvo das agressões verbais após a entrega do troféu, quando as câmeras voltaram a focar apenas os jogadores e Philipp Lahm se tornou o mais recente capitão a erguer a taça. Em segundo plano, Dilma recebeu os cumprimentos de Angela Merkel em mais um encontro das duas mulheres mais poderosas do mundo: uma, anfitriã da “Copa das Copas”, como ela mesma definiu; a outra, vendo seu país sair campeão do torneio.