O dinheiro desviado da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, foi além de bancar campanhas políticas. Serviu também para saciar os desejos de políticos e diretores da estatal.
Reportagem publicada nesta segunda-feira (13) pelo jornal Folha de S. Paulo revela que uma parte da propina foi gasta com a contratação de prostitutas de luxo, muitas delas com passagem por programas de televisão e capas de revistas.
A revelação foi feita pelo doleiro Alberto Youssef, pivô da Lava Jato, e o representante dele, Rafael Angulo Lopez, ao Ministério Público e à Polícia Federal.
De acordo com a contabilidade interna, só em R$ 2012 foram gastos R$ 150 mil com prostituição de luxo.
Na planilha, os pagamentos relacionados à contratação de mulheres eram contabilizados como “artigo 162”, referência ao número do endereço de uma cafetina chamada Jô, e “Monik”.
Segundo a reportagem, há lançamentos de R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 20 mil. Muitas meninas iriam receber diretamente no escritório de Youssef. Festas animadas por essas mulheres também custavam caro.
Em um delas, em um importante e conhecido hotel de São Paulo, foram gastos R$ 90 mil apenas em bebidas, mostra a Folha de S. Paulo. Entre os pertences de um importante ex-diretor da Petrobras foi encontrado um comprovante de transferência no valor de R$ 6 mil para uma garota bastante conhecida no meio artístico.