A seca prolongada tem aumentado o drama de milhares de paraibanos. Pelo menos mais de 2 milhões de pessoas, distribuídas em 178 cidades do Estado, convivem com severos racionamentos ou mesmo com a indisponibilidade total de água.
Nesses locais, os carros-pipa têm sido a salvação da população, abastecendo cisternas, caixas de água e levando condições de subsistência em meio às adversidades da seca.
Dos 223 municípios paraibanos, pelo menos 75% estão sendo atendidos pela Operação Carro-Pipa, com veículos coordenados pelo Exército, pela Defesa Civil do Estado ou pelos próprios municípios. Na Operação Carro-Pipa coordenada pelo Exército são 1.147 pipeiros contratados para auxiliar no abastecimento de 169 municípios. Já a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil é responsável pela cobertura de 100 cidades desde o mês de agosto. São 175 pipeiros contratados, conforme o coordenador estadual de Defesa Civil, George Sabóia. “A situação é crítica em todo o Estado”, ressaltou o coordenador.
Dentre os municípios afetados pela seca, 22 estão sem água nas torneiras, alguns há vários anos. Essa é a situação vivida em Montadas, no Agreste do Estado, depois que o açude Emídio, que abastecia a cidade secou, há quase três anos. Lá, os moradores já se adaptaram a ter que comprar água através de carros-pipa ou, não tendo recursos financeiros, a formar filas para buscar um pouco de água em uma das caixas d’água ou cisternas instaladas pela prefeitura nas ruas da cidade, que também são abastecidas pelos pipas.
Dos 223 municípios do Estado, 91 estão em racionamento, 22 em colapso e 25 em estado de alerta, de acordo com dados da Companhia Paraibana de Água e Esgotos (Cagepa).