O elenco e equipe técnica do filme ‘Por Trás do Céu’, do diretor Caio Sóh, já estão na Paraíba para as gravações que vão ter como cenários o Lajedo de Pai Mateus, em Cabaceiras, e a capital João Pessoa. Integram o elenco Emílio Orciollo Netto, Nathalia Dill, Paula Burlamaqui, Everaldo Pontes, Renato Góes e Léo Rosa.
Emílio Orciollo Netto, que também é produtor do longa-metragem, define a produção como uma ‘fábula sertaneja’. “Caio me mostrou o roteiro em 2007 ou 2008 e quando eu li o roteiro eu pensei: que história é essa? Meu Deus, eu quero viver essa história, quero contar essa história. É um outro tipo de cinema que é esquecido pelo nosso país, um cinema onírico”, explicou o ator. “Vamos trabalhar muito para fazer um filme lindo, com sangue, suor e lágrimas”, prometeu Emílio.
O filme conta a história de Aparecida (Nathalia Dill), uma sertaneja sonhadora que vai conhecer a cidade grande. Na capital, ela vê um foguete em uma revista e decide que vai construir um igual, para conhecer o que há por trás do céu. “Aparecida representa o sonho e a vontade de cada um. Representar tudo isso é uma honra”, comentou a atriz.
As filmagens começam no dia 14 de abril e seguem até 12 de maio. Serão três semanas de gravação em Cabaceiras e uma em João Pessoa, conforme informou o produtor do filme, Denis Feijão. “É uma produção de baixo orçamento, então a intenção é de que até o fim de 2015 o filme já esteja nos cinemas, só vai depender da estratégia de divulgação da distribuidora”, previu Feijão, acrescentando que o lançamento deve ser feito em João Pessoa antes de chegar ao resto do país.
Emílio Orciollo Netto dá vida a Edivaldo, o marido de Aparecida, que só deseja que ela volte da cidade. Paula Burlamaqui será a prostituta Valquíria, uma mulher amarga e sem ilusões, que é transformada pelos sonhos dos outros personagens. Everaldo Pontes faz o pai de Aparecida; Renato Góes, o sertanejo Micuim; e Léo Rosa, o patrão. “Vamos levar um retrato da Paraíba para vários outros lugares, quiçá pro mundo, de uma forma muito lúdica”, comentou Paula Burlamaqui.
Escolha do cenário
Segundo o diretor Caio Sóh, João Pessoa foi escolhida pela beleza. “A gente tinha que fazer uma representação da cidade com beleza. Aparecida volta de lá com novidades e tem que convencer que a cidade é linda”, explicou.
Já Cabaceiras, foi encontrada ao acaso. “Foi o lugar que escolheu a gente. Passamos nove horas para chegar lá, nos perdemos e aí conhecemos o Lajedo de Pai Mateus, o lugar mais perto do céu. Eu digo que a gente arranjou um problema bom: tem que ser aqui. Então estamos construindo a casa em cima da pedra, mais perto do céu”, comentou Caio Sóh.
A beleza do céu também ajudou na escolha da Paraíba. “O céu da Paraíba parece que é em 3D, o que facilita a gravação do filme”, disse o diretor. Esse é o terceiro longa de Caio Sóh.