A farmacêutica Pfizer e a empresa alemã BioNTech anunciaram, na noite de segunda-feira (27), o início da segunda e terceira fase, ao mesmo tempo, de sua vacina candidata à imunização contra o novo coronavírus.
Os testes serão feitos nos Estados Unidos e as novas fases fazem parte de um estudo global que incluirá até 30 mil voluntários moradores de outros países como Brasil, Alemanha e Argentina. O Brasil já anunciou que fará parte da pesquisa.
As empresas informaram que pretendem registrar a vacina na agência de regulamentação norte-americana ainda em outubro deste ano, caso os resultados sejam positivos. Ou seja, a expectativa é de que a primeira vacina contra a Covid-19 seja lançada ainda este ano.
Segundo as empresas, há capacidade para produzir 100 milhões de doses do método de imunização até dezembro de 2020 e 1,3 bilhão até o final de 2021.
O estudo nas duas fases terá a participação de cerca de 30 mil pessoas com idades entre 18 e 85 anos e testará tanto a eficácia como o nível de segurança da imunização.
No anúncio feito na segunda-feira, a Pfizer e BioNTech anunciaram que optaram pela BNT 162b2 como sua candidata mais promissora, descartando os testes em larga escala da BNT 162b1. O motivo, segundo o CEO da BioNTech, foi porque a primeira vacina apresentou uma melhor “avaliação dos dados gerados até agora”.
Ele ainda afirmou que continuarão “a avaliar nossas outras vacinas candidatas como parte de um portfólio diferenciado das vacinas contra Covid-19”.
Diversas empresas estão optando por acelerar as duas fases finais de testes devido a gravidade da pandemia do novo coronavírus. Segundo especialistas, em um procedimento normal, seriam realizadas de maneira separada.
Há uma semana a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o início dos testes das vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela BioNTech no Brasil, que vão ocorrer em São Paulo e na Bahia, com mil voluntários ao todo.