A polícia paraibana cumpriu todos os 18 mandados de busca e apreensão dentro da Operação Pague Rápido, realizada na manhã desta quarta-feira (17), e que investiga um suposto esquema de fraude utilizando um empreendimento voltado ao pagamento de contas e saques em cartões.
De acordo com o delegado Allan Murilo Terruel, da Delegacia Especializada Contra o Crime Organizado (Decor), o empresário acusado é sócio de uma empresa paraibana e utilizava uma plataforma de outra empresa sediada em São Paulo para fazer a administração fraudulenta dos recursos. Ao todo, seriam 19 empresas com atuação no Estado envolvidas e todas já interromperam as atividades.
A polícia afirma que os prejuízos somam R$ 5 milhões, desviados por meio da falsificação de comprovantes de depósitos. O esquema foi descoberto por meio de uma auditoria realizada pela plataforma de São Paulo que identificou as transações.
“Ele girava tantos recursos e a empresa, para facilitar, disponibilizava os créditos, como se fosse pré-pago”, disse o delegado, sem dizer o nome do investigado. Allan Murilo Terruel afirmou ainda que o empresário teria passado a comprar bens e colocar em nome de terceiros para não ser descoberto. “Nas investigações identificamos 18 imóveis e, na ação de hoje, mais cinco imóveis”, completou.
Durante a operação de busca e apreensão, a polícia tenta identificar as pessoas cujos imóveis estão registrados para que seja possível realizar o sequestro dos bens. Todos estariam localizados na região metropolitana de João Pessoa.
Ainda segundo a polícia, não há informação de que os boletos pagos pelos consumidores não tenham sido processados após o pagamento, contudo, o empresário, e mesmo o outro sócio, poderão ser presos se realizarem ameaças de testemunhas que confirmaram a atuação.