A situação dos açudes paraibanos, a transposição do rio São Francisco e a importância dos comitês na gestão das águas vão ser discutidas no 5º Encontro Estadual de Comitês de Bacias Hidrográficas. O evento, realizado nesta terça-feira (13), em João Pessoa, é organizado pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e comitês de bacia, é aberto ao público.
A primeira palestra, prevista para iniciar às 9h30, tem como tema ‘A crise hídrica na Paraíba’ e será ministrada pelo presidente da Aesa, João Fernandes. Durante a apresentação, vão ser detalhadas as situações dos principais açudes paraibanos e o andamento das obras da transposição do rio São Francisco.
“Estivemos com o responsável pelo acompanhamento das obras da transposição. O diretor de projetos estratégicos do Ministério da Integração Nacional, Antônio Luitgards Moura, nos passou informações importantes sobre o andamento no Eixo Leste. Na ocasião, apresentamos a situação crítica de Campina Grande e reforçamos a importância da conclusão do trecho de Monteiro”, informou João Fernandes.
Açudes estão secos
Ainda segundo o presidente da Aesa, dos 124 reservatórios monitorados 69 estão em situação crítica, com menos de 5% do volume total; 29 têm menos de 20% e 29 possuem mais de 20%.
Conforme dados da Aesa, o manancial Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão e responsável por abastecer a região de Campina Grande, está com apenas 5,1%, ou 21 milhões de metros cúbicos (m³) da sua capacidade total, que é de 411,6 milhões de m³.
Outros açudes que enfrentam problemas críticos são os de Acauã, com 8,2%, ou 20,6 milhões de m³ do total de 253 milhões de m³; Coremas, com 2,6%, ou 15,3 milhões de m³ do total de 591,6 milhões de m³; Engenheiro Ávidos, com 13,1 milhões de m³ do total de 255 milhões de m³; e Mãe d’Água, com 36,5 milhões de m³ do total de 567,9 milhões de m³.
Mananciais de JP secando
Na Capital, os dados da Aesa também mostram que os mananciais de Marés e Gramame, responsáveis pelo abastecimento de água da Grande João Pessoa, estão com perdendo volume.
Em Marés, o volume atual é de 66,8%, ou 1,4 milhão de m³ do total de 2,1 milhões de m³. Já em Gramame, o manancial está com 74,4%, ou 42,3 milhões de m³ do total de 56,9 milhões de m³.