Por volta das 17h40, o executivo chegou à 18ª Delegacia de Polícia, na Praça da Bandeira, responsável pelo inquérito. Ray será enquadrado no Artigo 41 do Estatuto do Tocedor, por fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete. A pena para o crime é de até quatro anos de prisão. O passaporte dele foi apreendido.
Segundo o delegado, Raymond negou, em depoimento informal, qualquer participação no esquema. Até as 20h, seus advogados não haviam decidido se ele vai prestar depoimento formal ou se iria falar apenas em juízo. O inglês passará a noite na 18ª DP e deve ser levado nesta terça (8) para o presídio de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Ainda seguno Barucke, ele negou que tenha amizade com o argelino Mohamed Lamíni Fofana e confirmou que a empresa fez um contrato de compra de vendas de ingresso com o argelino em maio de 2013. Raymond disse que não teve negociações com Fofana durante a Copa do Mundo. “Isso nós temos de prova. Foram 900 ligações durante o evento. Nós temos isso de prova e ele nega”, disse o delegado.
O crime que será imputado a Whelan é o de facilitar a distribuição de ingressos para venda de cambistas e associação criminosa por ter facilitado a venda de ingressos para o cambista. Nesta terça-feira (8), será apresentada a prisão preventiva dos integrantes da quadrilha e a caberá à Justiça decidir quando ela será decretada.
A Match divulgou uma nota em que diz acreditar que os fatos vão mostrar que Raymond Whelan não cometeu nenhuma violação às leis brasileiras e afirma que a polícia chegou a conclusões precipitadas. A empresa diz que vai continuar a dar todo apoio às investigações.