O governador João Azevêdo (Cidadania) anunciou nesta quinta-feira (23) que irá adotar medidas dentro do Governo para que todos os servidores públicos estaduais se vacinem contra a Covid-19. Azevêdo ressaltou ser favorável à proposta que tramita na Assembleia Legislativa para cortar o salário do servidor que não se vacinar.
“Se o servidor não se vacinar não terá condições de exercer uma atividade de contato com as pessoas. Cabe ao Estado proteger as pessoas e não expô-las”, explicou o governador em entrevista ao jornalista Anderson Soares, na CPAD FM.
Em relação ao passaporte sanitário e um possível desrespeito às liberdades individuais, João frisou que respeita as decisões individuais, no entanto, elas não podem se sobrepor ao direito coletivo.
“Todo cidadão e cidadã tem o total direito de decidir sobre a sua vida, entretanto, viver em sociedade exige um comportamento. Seu direito vai até onde começa a de outra pessoa. O direito coletivo das pessoas que terão contato com quem decidiu não se vacinar se sobrepõe ao direito dela dizer que não irá se vacinar”, pontuou.
O governador relacionou o passaporte sanitário com o voto obrigatório, explicando que assim como o voto, a vacinação não será compulsória, porém, haverá sanções para quem não se imunizar.
“No caso de um funcionário público, que lida com pessoas em uma repartição pública, alguém não se vacinar e ficar com a condição de continuar transmitindo em caso de doença, não é coerente”, explicou.