O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi intimado pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro para prestar depoimento por causa da investigação criminal que apura supostos vazamentos da PF na Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018, como adiantou o colunista Lauro Jardim, em O Globo.
A investigação teve início após revelação feita pelo empresário Paulo Marinho de que Flávio teria tido conhecimento prévio da operação que apurava o esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio.
O G1 procurou o advogado de Flávio, que não havia retornado até a publicação da reportagem. Por causa do foro privilegiado do senador, a intimação foi encaminhada ao procurador-geral da república Augusto Aras. Flávio terá 30 dias para marcar o depoimento, a partir da data do recebimento.
Vazamento de operação
O empresário Paulo Marinho prestou depoimento no dia 20 de maio, na sede da Polícia Federal do Rio, na Praça Mauá, região central, por cerca de cinco horas e meia. No dia 26 foi novamente ouvido.
O empresário afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que o senador Flávio Bolsonaro foi avisado com antecedência sobre a deflagração daquela operação. A operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato, culminou na prisão de parlamentares do estado em novembro de 2018. Foi durante essa ação que os investigadores chegaram ao nome de Fabrício Queiroz, suspeito de administrar um esquema de”rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro.
O vazamento da operação teria sido feito por um delegado da PF, segundo Marinho. O empresário foi um dos principais apoiadores da campanha de Jair Bolsonaro e é suplente do senador Flávio Bolsonaro. Várias reuniões do grupo político ocorreram na casa de Marinho.