A irmã do agente Diogo Nascimento, Dayane Nascimento de Souza, está entre as pessoas presas na segunda etapa da Operação Gabarito, nesta sexta-feira (12). A informação foi confirmada ao Portal Correio pelo advogado de defesa, Eduardo Luna.
Dayane é fiscal de obras na Prefeitura de Santa Rita e, segundo o advogado de defesa, está sendo investigada não por ter se beneficiado do esquema criminoso, mas por integrar a quadrilha que o comanda.
Eduardo Luna também informou que o carro de Dayane foi apreendido pela Polícia Civil. Ele falou que a cliente nega qualquer envolvimento com fraudes em concursos e disse que vai apurar os autos da investigação e possivelmente entrará com um pedido de habeas corpus.
Ainda conforme o advogado, Dayane Nascimento foi presa por força de mandado de prisão temporária, cuja validade é de cinco dias, com possibilidade de prorrogação por igual período.
Policiais presos
A reportagem conseguiu apurar que um casal de policiais militares também está entre os presos. Segundo o advogado deles, Luiz Pereira, a Polícia Civil desconfiou da mulher, aprovada tanto no concurso da Polícia Militar, quanto no da Guarda Municipal. Ao cumprir mandado de busca e apreensão da casa do casal, policiais encontraram uma pequena quantidade de droga no colete do policial.
A defesa alega que o entorpecente foi apreendido em uma operação e o policial esqueceu de entregá-lo em uma delegacia. Mesmo assim, o casal de PMs deverá responder por peculato.
A Polícia Civil não divulgou por qual motivo desconfiou da policial. O órgão diz que só vai se pronunciar oficialmente sobre a operação em coletiva de imprensa marcada para a próxima segunda-feira (15).
Entenda o caso
Dezenove pessoas foram presas no último domingo (7) suspeitas de envolvimento em quadrilha responsável por fraudes em concursos municipais, estaduais e federais.
Segundo o delegado Lucas Sá, que comandou as investigações, o esquema funcionava desde 2005 e estima-se que mais de 500 pessoas tenham sido beneficiadas com fraudes em pelo menos 60 concursos em vários estados do país. Na Paraíba, a suspeita é de que 20 concursos tenham sido fraudados, totalizando cerca de 200 aprovados ilegalmente.
Ainda conforme as investigações, pelo menos R$ 18 milhões já teriam sido lucrados pela quadrilha.
Portal Correio