Coxixola passou a cidade em abril de 1994 e de lá para cá a comunidade vem colhendo os frutos da boa gestão e do empreendedorismo de Givaldo Limeira de Farias, primeiro prefeito. Eleito por duas vezes para o cargo, é reconduzido a prefeitura em 2012.
O município de 1802 habitantes fica situado numa região seca e pobre do Cariri Ocidental e a principal fonte de renda vinha de programas do governo Federal e de aposentadorias.
ÁGUA BOA PARA TODOS
Logo no primeiro ano da gestão do prefeito Givaldo Limeira, primeiro governo, a história dos moradores começou a mudar quando a prefeitura criou um amplo projeto de abastecimento para a zona rural do município com o objetivo de levar água de boa qualidade a 100% dos moradores.
A geografia acidentada dos 119 quilômetros do município não foi obstáculo para que a água chegasse às casas das pessoas. Para obter 100% de água nas residências foi preciso transportá-la, com canos de baixo custo, de uma região para outra usando as duas barragens, a de salgadinho e o açude público campo do velho, bem como o rio Sucuru que corta parte do município.
POÇOS SÃO FURADOS E CAIXAS SÃO CONSTRUIDAS
Já para chegar onde não era possível pegar do rio ou dos açudes a prefeitura furou poços e construiu caixas para distribuir por gravidade, uma solução que deu tão certo que o gestor instalou bebedouros por todo o município para que os animais tivesse acesso fácil e rápido à água.
PARCERIA COM A COMUNIDADE
O município entrou apenas com a instalação do sistema de abastecimento e contou com a parceria dos moradores da zona rural que se organizaram para manter tudo funcionando. Estabeleceram cobrança de uma mensalidade que serve para compra e reparos dos equipamentos e também funciona como forma de educar as pessoas e faz com que o projeto tenha sustentabilidade e não dependa da prefeitura para continuar operando. “O importante não é só a instalação do sistema é manter. Nós fizemos reuniões com a comunidade para ver a aceitação do projeto e quando há comprometimento eles cuidam. Muitas vezes não adianta instalar um projeto quando não tem aceitação, se não tiver a comunidade não vai manter” diz Givaldo.
SAÚDE MELHOROU
Outro aspecto que melhorou logo foi à saúde dos moradores da zona rural que sofriam com problemas de verminoses e outras doenças ocasionadas por água contaminada. “A redução no índice de verminoses, diarreias e outras doenças que vinham através da água, foi logo percebido”, relata o prefeito.
DESENVOLVIMENTO DA CAPRINOCULTURA
O farto acesso à água causou impacto positivo direto nas vidas das pessoas e fez com que aumentasse a criação de cabras e a produção de leite. O volume que era de menos de 2 quilos de leite por animal passou para quase 8 quilos, nos melhores animais, observado no ultimo torneio leiteiro, festa que acontece anualmente. “A água não só facilitou o plantio de hortaliças, mas desenvolveu a criação de cabras leiteiras e houve o aumento no padrão genético por conta da dedicação dos produtores e o incentivo da prefeitura” destaca.
Erivan Ramos, 49 anos, morador do sítio Várzea Nova, é um dos coxixolenses que participa do programa do leite que foi criado pela prefeitura e ganhou força com a chegada da água na localidade. “Os animais bebem da água encanada, e tem o consumo de casa. Antes desse projeto era uma tristeza, a gente tinha que pegar água longe em uma carroça de boi. Eu andava dois quilômetros para ter água e hoje tenho água na minha porta” relata.
SINAL DE CELULAR PARA TODOS
Investir em tecnologia foi o passo seguinte dado pelo prefeito Givaldo que queria uma comunicação mais democrática. Com recursos da própria prefeitura ele montou torres de telefonia móvel que recebe o sinal e retransmite para os moradores dos sítios que nunca sonhavam com essa novidade.
Hoje já é possível falar na zona rural em pelo menos trinta por cento das localidades que conta com celular e sinal de internet.
“A preocupação nossa foi segurar o homem no campo para que não haja a necessidade dele vir para a zona urbana. As pessoas saem do seu local não é por que gostam de sair, é por não tem condição de viver naquele canto que nasceu e se criou”. Se tem energia, transporte escolar, transporte quando uma pessoa adoece, tem uma ambulância chegando, quando você tem água encanada, quando tem comunicação, telefone e internet, por que vir para a zona urbana, não tem sentido?” Indaga.
“Se não houver investimento na zona rural vai ter uma migração natural para a zona urbana, o chamado êxodo rural”, alerta.
Estão sendo montadas antenas de reforços. Quando o sinal chega com dificuldade em determinada comunidade a prefeitura monta uma antena com um equipamento de recepção e distribuição que recebe o sinal e distribui.
Já há processo de licitação para a instalação de mais dez antenas que serão instaladas nas outras comunidades que não chega sinal. Tem sinal na zona urbana e já está em 30% da zona rural e a meta do gestor é chegar a 100%, como fez com a água, garante.
MONITORAMENTO POR CÂMERAS
Mesmo o município não tendo responsabilidade com segurança por ser atribuição do estado e do Governo Federal, a prefeitura resolveu dá sua contribuição com a instalação de câmeras dentro do perímetro urbano.
Em processo licitatório uma empresa ganhou e faz o monitoramento da cidade através de potentes equipamentos que é capaz de identificar qualquer pessoa na via pública. As imagens são guardadas em sigilo e só serão usadas caso haja necessidade e os órgãos da justiça requeiram.