Representantes de vários órgãos do Governo do Estado e do Ministério da Integração discutiram nessa quarta-feira (4) a revitalização do rio Paraíba. A recuperação da bacia hidrográfica faz parte da preparação para receber as águas da transposição do rio São Francisco.
De acordo com o secretário executivo do Meio Ambiente, Fabiano Lucena, entre as ações prioritárias está a realização de um diagnóstico detalhado das condições ambientais do rio Paraíba. “Neste momento é importante atualizar nosso Plano de Bacia. Depois vamos definir estratégias para enfrentar os problemas e transformar o planejamento em ações práticas que vão revitalizar o rio”, elencou durante a reunião no Centro Administrativo.
“Quando nosso diagnóstico foi feito a questão da transposição não tinha sido inserida no contexto. Como as questões ambientais são dinâmicas, precisamos de um novo levantamento que nos mostre onde atuar de forma a deixar a Paraíba pronta para a chegada das águas do Velho Chico”, completou o superintendente da Sudema, João Vicente Machado Sobrinho.
O coordenador do Departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração, José Luiz de Sousa, destacou a necessidade dos órgãos estaduais trabalharem em parceria com as prefeituras das 72 cidades localizadas dentro da bacia do rio Paraíba. “Essa não é uma obra apenas do Governo Federal. Ela também é responsabilidade dos cinco estados e dos mais de 400 municípios envolvidos”, alertou.
Para o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João Fernandes da Silva, a recuperação do rio Paraíba é um grande desafio que será vencido com o trabalho integrado entre os órgãos estaduais. “A bacia vem sofrendo ao longo de anos com a degradação ambiental, por isso a revitalização do rio Paraíba é um trabalho difícil. Mas com ações conjuntas podemos recuperar nascentes, reflorestar matas ciliares e realizar o tratamento dos esgotamentos sanitários. E isso precisa se tornar um trabalho contínuo”, concluiu.
O rio Paraíba nasce na serra do Jabitacá, no município de Monteiro, e tem aproximadamente 300 quilômetros de extensão. Sua bacia hidrográfica abrange uma área superior a 20 mil quilômetros quadrados. É a segunda maior do Estado, pois engloba 38% do território, abrigando quase dois mil habitantes, envolvendo cidades de alta densidade demográfica como João Pessoa e Campina Grande.
Secom – PB