Governo fala em manipulação de dados e nega excesso de ‘codificados’

O Governo do Estado montou uma verdadeira força-tarefa nesta quinta-feira (25) para desmentir as acusações de que mantém em sua administração um número excessivo de pessoas conhecidas por funcionários ‘codificados’. Secretários que participaram de uma entrevista coletiva defenderam uma investigação aprofundada sobre o que alguns deles chamaram de manipulação nos dados que tratam dos números desses funcionários.

O Procurador-Geral Gilberto Carneiro afirmou que os dados divulgados pela Secretaria de Saúde foram manipulados, mas ele não quis dizer quem teria ‘distorcido’ esse levantamento. “Essa manipulação aconteceu, isso é fato! Alguém manipulou esses dados para efeito de superestimar os valores e atribuir ao Governo de que pessoas estavam recebendo aquém do que ela teria direito a receber”, afirmou Carneiro.

Ele explicou que 8.012 pessoas recebem, atualmente, por produtividade e não possuem outro vínculo. Segundo Gilberto Carneiro, os valores pagos foram feitos conforme os plantões realizados. “Os servidores efetivos que recebem essa gratificação também foram incluídos na lista”, declarou o procurador.

Gilberto Carneiro adiantou que os responsáveis pela manipulação dos dados serão acionados na Justiça. Porém, mais uma vez se esquivou de falar quem poderia ter sido o órgão a manipular esses dados.

Secretária fala em transparência

A secretária de Saúde, Cláudia Veras, falou em transparência e alegou que somente no governo de Ricardo Coutinho o Tribunal de Contas do Estado começou a receber dados informando sobre os ‘codificados’.

Cláudia Veras insinuou que houve manipulação e isso teria aumentado o valor da folha de R$ 15,6 milhões para R$ 23,8 milhões, ou seja, um aumento de mais de R$ 8 milhões.

“Na sexta-feira foi divulgada uma lista de pessoas que trabalham na saúde e essas lista não á acurada. Essas informações não foram precisas e os valores estão 52% a mais do valor da lista que apresenta os dados reais”, comentou a secretaria de Saúde.

De acordo com a secretária, 8.587 pessoas constavam na lista de ‘codificados’ em novembro de 2015. Ela informou que a secretaria está estudando uma saída administrativa para resolver a situação dessas pessoas.

Sem codificados

O secretário de Planejamento, Gestão e Orçamento, Waldson Souza, assegurou que não existem mais codificados no Estado. “Tratam-se de prestadores de serviços que possuem contas no banco e efetivamente trabalham”, resumiu.

A favor da CPI

Aliado do governador Ricardo Coutinho (PSB), O deputado estadual Tião Gomes (PSL) defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para investigar a situação dos codificados, pois isso iria mostrar o que foi feito nos governos anteriores.

“Ricardo recebeu o Estado com quase 11 mil pessoas nessa situação e o que foi que ele fez? Reduziu esse número e esse pessoal passou a receber como participante de um trabalho da Saúde. Essa CPI seria importante”, finalizou.

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