O Governo do Estado realizou nesta segunda-feira (20), no auditório da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no campus de Sumé, a terceira reunião para capacitação dos prefeitos, secretários municipais de agricultura, agricultores familiares, estudantes e técnicos sobre a implantação do programa estadual de barragens subterrâneas.
Na oportunidade, o secretário de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo Morais, destacou o empenho dos políticos envolvidos na reunião, onde participaram prefeitos como Eduardo Torreão, de Serra Branca; Flávio Henrique, de Ouro Velho; Francisco Neves, de Umbuzeiro; e os vice-prefeitos de Zâbele, José Claudio de Sousa, e de Sumé, Édem Duarte. “Esse encontro ampliou nossos horizontes, onde pudemos debater os detalhes do Programa Viva Água que queremos participar”, disse o vice-prefeito de Sumé.
O encontro faz parte de uma iniciativa do Governo do Estado, que deu início por Campina Grande no dia 1º de julho a uma série de reuniões por grupos de cidades, com o objetivo de esclarecer às 197 prefeituras paraibanas em situação de emergência sobre o Edital Pacto 2015, que versa sobre a implantação de 2 mil barragens subterrâneas.
Para o representante dos prefeitos, Eduardo Torreão, de Serra Branca, a participação dos gestores no evento se faz mais na condição de ouvintes sobre o que o Governo do Estado tem a oferecer do que de expositores. “Estamos há quatro anos sem conseguir juntar água nos nossos reservatórios e essa é uma alternativa muito importante para amenizarmos o sofrimento dos nosso agricultores familiares”, afirmou.
Também estavam presentes os secretários de agricultura dos municípios de Amparo, José Madson da Silva; Camalaú, Vicente de Paulo Neto; Caraúbas, Anselmo da Costa; Livramento, Leonardo Ventura; Ouro Velho, Amara Célia; Prata, Genilvaldo Fernandes; Santo André, José Denis Cavalcante; São João do Cariri, Fabiano de Farias; São José dos Cordeiros, Jeferson Roberto; São Sebastião de Umbuzeiro, Francisco Neves e de Sumé, Jose Vanilson da Silva, que revelou que o governo está no caminho correto, vendo as reais necessidades do povo caririseiro.
Nesta terça (21) e quarta-feira (22), no auditório do IFPB em Sousa e no Centro Cultural de Bananeiras, as secretarias de Desenvolvimento e Articulação e Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido realizarão novos encontros para reunir prefeitos e secretários municipais de agricultura das suas regiões para explicar como acorrerá o processo de adesão ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem e a definição de quantas barragens cada município receberá.
Cada prefeitura em situação de emergência poderá efetuar a adesão ao benefício até 10 de agosto. A reunião em Patos deu prosseguimento aos objetivos da primeira reunião, que esclareceu gestores e secretários de Agricultura dos municípios em estado de emergência sobre os tramites legais para a implementação dos programas nas suas cidades.
“Isso é muito importante, pois temos a oportunidade de esclarecer aos gestores como funcionam essas barragens subterrâneas e como eles podem aderir ao programa”, explicou o secretário Lenildo Morais.
Barragem subterrânea – É uma tecnologia que permite armazenar água no subsolo, sendo usada para ajudar na produção, principalmente no período de estiagem. Deve ser construída nos períodos em que o nível da água subterrânea estiver mais baixo.
Após a identificação do local adequado à construção, é feita uma abertura transversal ao leito de um riacho. Esta abertura pode ser feita de forma manual ou mecânica (retroescavadeira). Em seguida, é colocado material impermeável (argila, lona plástica etc.) de modo que venha impedir o fluxo natural da água subterrânea. Concluída a obra, a vala é totalmente preenchida com o próprio material que foi retirado.
Programa Viva Água – Em junho, o governador Ricardo Coutinho anunciou investimento de mais de R$ 133 milhões, por meio do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem (Programa Viva Água). Desse montante, R$ 80 milhões correspondem aos recursos do Estado e R$ 53 milhões são oriundos do Governo Federal. Atualmente, a Paraíba possui 25 cidades em situação de colapso de abastecimento e outras 55 com racionamento d’água. Entre as várias ações previstas está a implantação de barragens subterrâneas.