Em dezembro do ano passado a Secretaria de Agropecuária do Estado junto a Polícia Civil montou a operação ‘Carne Limpa’, que teve o objetivo de interditar um matadouro de propriedade privada na cidade de Serra Branca. O estabelecimento funcionava clandestinamente, sem atender as exigências dos órgãos fiscalizadores do Estado, mas mesmo com estrutura limitada, era apontado como um dos melhores abatedouros da região.
Com o fechamento do matadouro, o único que funcionava em Serra Branca uma vez que o abatedouro público aqui existente está desativado há anos, dezenas de comerciantes e marchantes tiveram incalculáveis prejuízos e a população nem se fala. Passou a consumir carne por vezes abatida no quintal de casa ou em locais totalmente impróprios.
Foi quando o Secretário de Agricultura, Dr. Leó, juntamente com o proprietário do matadouro, Ivo Honorato, montaram um grupo de trabalho composto por eles e membros da Vigilância Sanitária do Estado e do Município e começaram a estudar uma alterativa para o impasse. “Acredito que o matadouro fechado representa um prejuízo grande tanto para economia do município como para a saúde pública. Iniciamos o processo porque entendemos o apelo de várias famílias e mesmo atentos à fiscalização do trato com os animais e seu abate, precisamos olhar para o restante da cadeia social interessada”, explicou Dr. Leó.
O secretário explicou que no município de Serra Branca já existe uma lei aprovada pela Câmara de Vereadores, que permite a reabertura do matadouro atendendo as exigências próprias do Serviço de Inspeção Municipal de produtos de origem animal e vegetal, o SIM. Através da lei de nº 659/14, o matadouro de Ivo Honorato pode ser reaberto com a fiscalização de técnicos da Vigilância do município em consonância com técnicos do Estado e com abate de produtos destinados apenas à cidade de Serra Branca.
O advogado Dr. Chico do Ligeiro reunirá todos os documentos e termos de responsabilidade dos órgãos envolvidos e do próprio matadouro, a fim de conseguir na Justiça a reabertura da unidade. “Não temos um prazo concreto, nem a certeza da desinterdição, mas acreditando na força da lei municipal, na sensibilidade do Judiciário para esse problema social e tendo em vista que todos conhecem a estrutura favorável do matadouro de Ivo, vamos conseguir reabrir esse estabelecimento e adequá-lo às normas de higiene e preservação ambiental”, pontuou Dr. Leó.