Os festejos de carnaval chegaram a Monteiro na década de 20, acredita-se que por meio dos filhos da cidade que estudavam na capital de Pernambuco no inicio do século XX. Os festejos de antigamente eram marcados pela criatividade popular, espontânea, por iniciativa das pessoas que ornamentavam suas ruas, e durante o dia atiravam-se no mar de talco e serpentinas brincava em blocos e troças nas ruas ornamentadas pelos moradores, e de noite refugiavam-se nos clubes feericamente iluminados, para, banharem-se de confetes e purpurina nos salões decorados com glamour e requinte.
Com o passar do tempo, se perdeu um pouco de sua autenticidade, pois o caráter espontâneo e de diversidade de tons, cores e passos foi cedendo lugar a um roteiro traçado, padronizado, como se fosse um espetáculo num teatro ao ar livre previamente ensaiado, onde o povo é mais espectador do que protagonista. Os Clubes perderam público para as festas de banhos. Mas o carnaval em si, ainda preserva a irreverência, a excentricidade e um congraçamento que irmana as pessoas, que viveram aquela epoca superando diferenças de classe social e nível econômico.
Monteiro tinha blocos
O Corso na Praça João Pessoa dec. 20, O primeiro Bloco de Carnaval Organizado Os Pyrilampos dec. 30, O Bloco de Carretão (Carlos Carretão), Luiz Brecha , Lira da Tarde, “ O Clube dos 30 ”, Samba Som, Clube dos Caubóis, A Banda Muda dos carnavais dos anos 60, Banda do Canequinho anos 60, Tinham também as grandes matines do clube municipal.
Os blocos passavam nas avenidas mais granfinas, foliões tinham lança perfume e serpentina, e o povo se retorcia entusiasmado delirante, Pierrot e Colombina, exibiam seu ritmo delicado, pulavam mascarado em cada esquina surgia papangus por todo o lado. Os carros pelas ruas desfilavam e neles foliões se aboletavam, na frente um carro com cenário rico era Ford de bigode de Badico puxando o carnaval da minha terra.
Museu de Monteiro