O governador da Paraíba, João Azevêdo, afirmou em entrevista publicada nesta segunda-feira (24) pelo Estadão, que há forte conotação política no movimento dos policiais militares. Na sexta-feira passada (21), a negociação entre os PM paraibanos e o governador entrou pela madrugada, sem que eles aceitassem a proposta de reajuste de 5% acima da inflação.
Azevêdo disse ao Estadão que dois deputados estaduais saídos da polícia, eleitos na esteira do bolsonarismo e que já anunciaram suas pré-candidaturas à prefeitura de João Pessoa, infiltraram-se no movimento com objetivo político-eleitoral. Segundo ele, se cedesse às reivindicações, o Estado ficaria sem dinheiro para a folha de pagamento e seria obrigado a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e a interromper serviços e obras.
“O que observamos na Paraíba, assim como em outros Estados, é a forte conotação política e até eleitoreira verificada nesses movimentos. Porque uma coisa é a reivindicação legítima de uma categoria que arrisca suas vidas para proteger a sociedade, mas outra é a radicalização exacerbada de pessoas que apostam no caos, no quanto pior, melhor para atingir seus objetivos políticos e eleitorais já este ano”, avaliou o governador.