O governador João Azevêdo (Cidadania) evita falar em quem estará na sua chapa majoritária para a disputa à reeleição em 2022, mas, hoje (28), em entrevista a rádios no Sertão paraibano, ele foi direto e enfático sobre com quem não quer aliança para o próximo ano: o ex-governador Ricardo Coutinho e qualquer nome que apoie a reeleição de Jair Bolsonaro à presidência da República.
A possibilidade de aliança com Ricardo Coutinho foi aventada após o anúncio de que o socialista está de malas prontas para voltar a se filiar ao PT. João está livre para escolher e deve apoiar a candidatura do ex-presidente Lula (PT) à presidência, o que seria um ponto de convergência para a reconciliação entre os ex-aliados.
O governador, no entanto, não arreda o pé sobre manter distância do ex-governador. Tem seus motivos: Operação Calvário e o risco de rememorar no eleitorado a sua relação com a gestão alvo do Gaeco do Ministério Público. Só para ficar num ponto.
Sem bolsonaristas
Outro ponto pacífico para o governador é que não vai apoiar de modo algum a possível candidatura à reeleição de Bolsonaro. Por isso, não quer compor com nenhum político que tenha simpatia pelo presidente da república e sua linha ideológica.
João Azevêdo não aponta nomes, mas a definição respinga diretamente em dois deputados federais Efraim Filho (DEM) e Hugo Motta (PRF), que transitam como aliados do governo estadual e também do governo Bolsonaro.
O democrata já avisou que é candidato ao Senado, independentemente de composição com o candidato à reeleição. Já sinalizando que poderia mesmo romper para atingir seus objetivos.
Já Motta, tem há algum tempo sumido da agenda de João. A prova de fogo deve ser o evento oficial marcada para o próximo dia 8 de agosto, quando juntos devem lançar o primeiro voo comercial da Azul, saindo de Patos a Recife.
Outro nome que, em tese, poderia entrar em rota de colisão é o do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), que também pleiteia a vaga de senador na chapa de João para 2022. A chega de Ciro Nogueira à Casa Civil e possível filiação de Bolsonaro aos Progressistas poderiam por em risco a aliança. Isso, porém, vai depender do nível de disposição de Aguinaldo Ribeiro em aderir ao bolsonarismo.