O deputado estadual João Henrique confirmou que vai mesmo sair do Democratas mas ainda não tem uma data para isso. Ele disse que aguarda apenas uma janela partidária ou a criação de um novo partido para se desfiliar da legenda. Segundo ele, as razões são que ele está isolado dentro do partido e faz oposição ao governo de Ricardo Coutinho (PSB), embora o Democratas integre a base governista.
“Claro que no futuro próximo, ou seja, quando ocorrer a abertura da janela partidária, com certeza eu vou sair. Até porque eu estou isolado e quem é político tem que pensar desta forma: e numa possível reeleição, como seria? Eu ia ficar em um partido sozinho? E como ficaria o coeficiente eleitoral? Seria muito alto para um só. Um dos motivos é esse”, disse.
E continuou. “O segundo é que eu fui eleito no Democratas, mas sou dissidente. Integro as oposições, não apoio o projeto do governador Ricardo Coutinho. Creio que a minha presença no Democratas deixa o partido um pouco constrangido porque eles apoiam o governador e o único deputado do partido pensa diferente. Isso é até uma forma de no futuro deixar todo mundo mais a vontade”.
Segundo João Henrique, este assunto não precisa, nem mesmo, sem mais conversado com o presidente estadual da Legenda, o ex-deputado federal Efraim Moraes. “Não precisa conversar com ele nem com nenhum Efraim. Falei logo no início das eleições e isso é uma decisão unilateral minha e eu compreendo, por mais amizade pessoal que a gente tenha, que este é um assunto constrangedor”, explicou.
O parlamentar explicou porque não aproveitou a janela partidária que já aconteceu neste ano e disse que se sair agora, pode correr o risco de sofrer um processo do Democratas. “Essa saída tem que acontecer na hora certa, porque agora eu incorreria num processo de infidelidade partidária. Houve uma janela partidária agora que foi geral, no entanto, como eu tava com menos de dois anos de reeleição, achei conveniente não ter saído nesta oportunidade. Então estou aguardando a minha janela partidária que deve acontecer mais próximo das eleições, daqui a dois anos. Ou uma outra forma, como um partido novo…”, disse.