O deputado estadual João Henrique (DEM) representante do Cariri paraibano na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) disse, nesta terça-feira (26), que o governador do Estado parece ter esquecido a cidade de Monteiro e a região do Cariri paraibano. As declarações foram feitas durante entrevista ao programa Correio Debate.
O parlamentar declarou que o Governo deixou de fazer repasses para importantes centros de saúde como UPA , Samu e o Hospital Santa Filomena.
“A UPA recebe mais de cinco mil pessoas. E o Governo do Estado passou 14 meses sem pagar o Samu e a UPA. O que ele queria era fechar a UPA e o Samu. Além disso, a UTI do Hospital Santa Filomena não funciona”, comentou João Henrique.
Ao ser questionado sobre ter sido ou não convidado pelo governador para aderir a base aliada governista na ALPB, o parlamentar lembrou que Ricardo Coutinho disse, em entrevista, que compraria deputados com certa quantia e, que, tal fato o teria deixado muito chateado.
“Eu fui sondado algumas vezes. É natural, mas eu tinha uma barreira. Eu tenho uma vida e uma idade que não mais me permitem ser alvo de ‘achincalhos’. Trinta dias antes do primeiro turno, com aquela simpatia, em uma entrevista, o governador disse que tinha cinco ou seis deputados aliados, mas que ele podia comprar todos com R$ 300 mil. E eu fiquei de orelha em pé”, revelou o parlamentar.
O deputado disse ainda que a ofensa o fez votar contra a uma suplementação do Governo no valor R$ 1,4 bilhão solicitado antes das eleições. “Fui o único a votar contra e o fiz porque as coisas andam e muitos ‘lava-jatos’ certamente virão. Também votei contra a aprovação das contas por conta ainda dessa colocação leviana, inconseqüente e irresponsável do governador Ricardo Coutinho. Eu me fiz uma exceção e não abro mão disso. Se ele compra deputados que o faça, mas nunca com a minha conivência”, enfatizou o João Henrique.
Para o deputado, o não repasse das verbas que cabe ao Estado para o funcionamento do Samu e da UPA de Monteiro, caracteriza perseguição de Ricardo Coutinho não só ao município, mas, a todos os que não fazem parte da sua base política.