O aplicativo de mensagens instantâneas Telegram não entregou à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma pedidos pela corporação e deve deixar de funcionar no Brasil. A Justiça brasileira determinou nesta quarta-feira (26) para que lojas de aplicativos tirem o aplicativo do ar.
Ainda hoje, a PF deve enviar um ofício às operadoras de telefonia, como a Vivo, Claro, Oi e Tim, além das lojas de aplicativo da Apple e do Google, para suspender o Telegram.
A corporação investiga um grupo de neonazistas que se concentram na plataforma, que, apesar de ceder algumas informações à PF, não entregou contatos e informações de integrantes e administradores investigados.
Outro fator que pode complicar para o Telegram são as multas que poderão ser aplicadas. A cada dia que a plataforma se recusa a atender os pedidos da PF, o valor que será pago saiu de R$ 100 mil para R$ 1 milhão.
A investigação da PF corresponde a um ataque que aconteceu em novembro de 2022, numa escola em Aracruz, no Espírito Santo, que deixou quatro crianças mortas. A suspeita é de que grupos extremistas se concentravam no Telegram e propagavam conteúdos preconceituosos e criminosos. O menor de idade que assassinou os estudantes era participativo nesses locais.