Figuras públicas e anônimos passam pelo Palácio do Campo das Princesas, no centro do Recife e sede do governo pernambucano, para se despedir do dramaturgo Ariano Suassuna, na manhã desta quinta-feira (24). Está prevista para as 11h uma missa celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Para a filha mais velha do escritor, Maria das Neves Suassuna, o carinho demonstrado pelas pessoas ao pai é o maior legado que ele deixa.
A filha retornou ao velório por volta das 5h e recebeu os cumprimentos de quem veio logo cedo se despedir. “O maior legado que fica é o carinho das pessoas têm por ele, não é nem tanto a obra. Esse carinho está vindo de todo o Brasil, estamos recebendo muitas mensagens”, afirma Maria das Neves, que agradeceu especialmente ao apoio que as pessoas têm dado à mãe, Zélia.
Maria lembrou-se ainda que o pai estava ativo, viajando para suas aulas-espectáculo. “Na semana passada, nós estivemos na Bahia, com o Teatro de Castro Alves lotado e ainda faltou lugar. Agora nessa sexta, ele fechou o Festival de Inverno de Garanhuns. Em todas essas aulas-espetáculos ele procurava atender, na medida do possível, mesmo depois do problema que ele teve, no ano passado. Ele vinha lutando contra o problema de saúde justamente para retornar a falar sobre a cultura, sobre o Brasil, sobre a linguagem brasileira, porque ele tinha a preocupação de que o brasileiro realmente olhasse para o Brasil”, defende.