É pública a crise interna do PMDB que tem dois lados definidos. A briga é protagonizada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros e o vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer. Calheiros nos bastidores já trava ‘guerra’ para tirar Temer do comando do PMDB.
O presidente do Senado já teria conquistado o apoio de dirigentes do partido em estados como o Ceará, Paraná, Piauí, Amazonas, Pará e o Rio de Janeiro. Na Paraíba a legenda é comanda pelo senador José Maranhão, que declarou que não tomará lado e vai trabalhar pela unidade do partido.
“Eu sou pró-partido”, disse Maranhão ao relembrar o episódio em que o PMDB rachou próxima a eleição presidencial de 1985, quando Tancredo Neves e Ulisses Guimarães dividiram a legenda e ‘brigaram’ para ser candidato a presidente, que terminou por ter Tancredo na disputa. Maranhão contou que na época ele e aliados criaram um terceiro grupo que seria a favor da unidade: “o Pró-partido”.
Para Maranhão a exposição midiática prejudica o PMDB. “Eu sou daqueles defendem as discussões do interesse do partido dentro do partido. Dentro das mesas de discussões internas. Eu acho que a exposição midiática não traz nenhum benefício”, avaliou.
Ele ainda tentou minimizar o embate entre Calheiros e Temer. “Eu acho que isso já está superado. Houve uma escaramuça entre os dois, mas já passou”, disse.
A disputa entre os grupos de Temer e Renan deve se concretizar em março, quando o PMDB fará sua convenção nacional.