A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva defendeu nesta quinta-feira (7) que o “melhor caminho para o Brasil” é a análise, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de ação impetrada pelo PSDB que pede a impugnação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer por suposto abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.
Durante entrevista à Rádio Gaúcha, Marina Silva não defendeu a saída de Dilma abertamente mas afirmou que impeachment “não é golpe” já que está previsto na Constituição. Para ela, a ação que tramita no TSE teria mais sentido porque tanto Dilma quanto Temer seriam cassados pelo tribunal, caso ficasse comprovado que a chapa que venceu as eleições em 2014 recebeu dinheiro da corrupção na Petrobras para financiar a campanha.
“No meu entendimento, o melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque no TSE você teria a cassação da chapa, se forem comprovadas as graves denúncias de que o dinheiro da corrupção foi utilizado para a campanha do vice-presidente e da presidente da República”, disse Marina.
“Os dois são faces da mesma moeda e claro que defendemos que [os ministros] deem encaminhamento urgentemente ao processo que está tramitando no TSE”, defendeu.
A ex-senadora também criticou a postura da presidente Dilma durante a campanha presidencial de 2014 ao afirmar que “ela não disse a verdade”. “Se tivesse trabalhado com a verdade, [teria] assumido que de fato estávamos correndo um grave risco em relação aos inúmeros problemas que temos”, afirmou Marina.
“A sociedade brasileira decidiu que quem é a presidente da República é a presidente Dilma Rousseff. […] E ela continuou porque ocultou da sociedade fatos, de que as ações que vinham sendo tomadas, tanto do ponto de vista político quanto do ponto de vista ecônomico, iriam prejudicar muito o Brasil. E prejudicou, de fato”, enfatizou.