As chuvas para a região do Semiárido paraibano, Alto Sertão, Sertão e Cariri-Curimataú devem ficar dentro da média histórica no período de abril a julho deste ano. A conclusão é da segunda Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste, realizada em Parnamirim (RN), segunda-feira (20) e terceira-feira (21), contou com a participação de meteorologistas do Nordeste e com representantes de várias instituições nacionais, a exemplo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de São Paulo (Inpe-SP).
A meteorologista Marle Bandeira, representante da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) no evento, afirmou que uma das condições para as chuvas na região do Semiárido ficarem na média, conforme a previsão, é que não houve alterações significativas nos oceanos Pacífico e Atlântico, sem a influência dos fenômenos El Niño ou La Niña.
O período chuvoso na região do Semiárido da Paraíba vai de abril a julho. A média pluviométrica alcança os 800 mm, podendo chegar a 1000 mm em algumas cidades. Em Cabaceiras, por exemplo, a média é muito aquém: em torno dos 300 mm/ano.
Marle destacou, ainda, que as condições para a ocorrência de chuva estão bem melhores que as do ano passado. “As condições do Oceano Atlântico, que mais influenciam na região do Semiárido, vão proporcionar precipitações dentro da média, porém não de forma homogênea, com variação no tempo e no espaço, com chuvas mais intensas em alguns lugares, por exemplo”, explicou.
Com relação à situação hídrica da Paraíba, com 197 dos 223 municípios em estado de emergência, ainda não é possível afirmar se ocorrerão melhorias na capacidade dos principais açudes do Estado. “Como as chuvas devem ocorrer de forma muito irregular, só teremos uma situação precisa no monitoramento diário, que dirá qual açude recebeu mais recarga”, pontuou Marle Bandeira.
O Encontro – A Segunda Reunião de Análise e Previsão Climática para o norte do Nordeste brasileiro ocorreu em Parnamirim, Rio Grande do Norte. Meteorologistas de todo o Nordeste estiveram presentes ao encontro, assim como representantes das principais instituições climáticas do País, a exemplo do Instituto Nacional de Meteorologia do Distrito Federal (Inmet-DF) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de São Paulo (Inpe-SP).
Durante dois dias, foram discutidas as condições climáticas favoráveis ou não para a ocorrência de chuvas no norte do Nordeste. Entre os assuntos abordados, estiveram em pauta:
– Secas históricas e previsão climática para o Nordeste;
– Investigação das possíveis contribuições dos oceanos Pacífico e Atlântico para a estação chuvosa do norte do nordeste do Brasil em 2017;
– Condições Pluviométricas e Hídricas dos Estados da Região Nordeste