O Ministério da Integração Nacional afirmou, nessa quinta-feira (25), que o problema na vazão da transposição é decorrente da ‘fase de testes’ do sistema e de ‘ajustes elétricos necessários’ nas bombas.
“O eixo leste está em funcionamento há apenas dois meses. Nessa etapa, está prevista a realização de ajustes elétricos nas motobombas instaladas nas seis estações elevatórias, caso seja necessário, inclusive com interrupções. Trata-se de um procedimento comum nessa atual fase, quando as estruturas e equipamentos ainda passam por testes”, informou o ministério.
O novo problema com a transposição do São Francisco na Paraíba começou nesse fim de semana, quando a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) registrou queda de vazão, saindo dos 7,38 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 5,14 m³/s.
“Constatamos a diminuição da vazão e comunicamos ao Ministério da Integração, que afirmou estar agindo para resolver o problema. Até hoje não chegamos a receber os 9 m³/s prometido, pelo contrário, a vazão é inconstante e já chegamos a registrar apenas 1,85 m³/s. Estão testando o sistema e servindo a gente na base de testes. Entendemos que existe um esforço, mas essa inconstância vai atrasar o planejamento para Boqueirão”, afirmou João Fernandes.
O açude Epitácio Pessoa, na cidade de Boqueirão, já recebe água da transposição e registra ganhos significativos na recarga. Porém, a expectativa da Aesa de que o racionamento na região de Campina Grande, que recebe água do reservatório, possa acabar no início do segundo semestre, pode mudar por causa da redução na vazão.
O racionamento só poderá ser ‘repensado’ quando o açude de Boqueirão alcançar 8,2% da capacidade. Até esta sexta-feira (26), o reservatório tinha 5,1% do volume total.