À frente das políticas sociais do governo interino do presidente Michel Temer, Osmar Terra tem uma posição clara quando o assunto é a legalização das drogas. Segundo a Coluna do Estado, do jornal Estadão, ele irá substituir todos os representantes de sua pasta que participam de discussões sobre políticas antidrogas por outros que tenham posição contrária à liberação dos entorpecentes.
Ainda de acordo com o veículo, Terra, que é médico, afirma que o governo Dilma se omitiu dessa discussão e defende “toda restrição que puder” ao consumo de bebidas alcoólicas. “Voltou a ter álcool nos estádios de futebol”, apontou, em tom de reprovação.
“Sou a favor de um maior rigor contra as drogas. Não sou a favor da liberação. Estamos com uma epidemia. O governo Dilma foi omisso nessa questão”, afirmou Terra ao Estado. “Quanto ao álcool, deve se restringir de toda maneira que se puder. Tem quer ter regras de restrição. Voltou a ter álcool em estádios de futebol. Quando foi proibido, reduziu significativamente os casos de violência. Se a pasta da Justiça fizer uma política adequada temos que ajudar.”
O ministro também comentou sobre o Bolsa Família. Para ele, o fato de ter 14 milhões de beneficiados atualmente, comparado com os 3 milhões de 2003, são um sinal de que a pobreza não diminuiu. “Você ter 14 milhões de família que dependem de R$ 160, em média, para não cair na extrema pobreza, então você não reduziu a pobreza”, completou.
Osmar Terra garantiu que o programa sofrerá reajuste e que haverá microcrédito mais flexível para pessoas de baixa renda. “Atualmente, o BB e a Caixa oferecem crédito para quem já é um microempresário. Não para quem vai deixar de ser pobre para ser microempresário. As pessoas não conseguem dar as garantias”, encerrou.