Nesta quinta feira dia 05/05, Monteiro sediou a abertura do Movimento Maio Amarelo, no IFPB Campus Monteiro. O evento aconteceu durante todo período da manhã, onde foi feito também a segunda etapa do Festival Temático de Trânsito – FETRAN, que vem sendo executado na Instituição.
No período da tarde, foi à vez da escola Araújo Valença receber Palestra de educativa com tema: “Multiplicadores da Educação no Trânsito para todos os alunos da Instituição”.
Quem coordena as ações é o Instituto de Acesso a Cidadania Ednice Maria Batista da Silva, que realiza As palestras e ações para educação no trânsito em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, IFPB, e rede municipal de ensino.
MAIO AMARELO
O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
Em conclusão, o MAIO AMARELO quer e espera a participação e envolvimento de todos comprometidos com o bem-estar social, educação e segurança em decorrência de cultura própria e regras de governança corporativa e função social; razão pela qual, convidamos você, sua entidade ou sua empresa a levantar essa bandeira e fazer do mês de maio o início da mudança e fazer do AMARELO, a cor da “atenção pela vida”.
SOBRE A DÉCADA DE AÇÃO PARA A SEGURANÇA NO TRÂNSITO
A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
O problema é mais grave nos países de média e baixa renda. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil.
Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta — nesses lugares. As previsões da OMS indicam que a situação se agravará mais justamente nesses países, por conta do aumento da frota, da falta de planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas.
De acordo com o Relatório Global de Segurança no Trânsito 2013, publicado pela OMS recentemente, 88 países membros conseguiram reduzir o número de vítimas fatais. Por outro lado, esse número cresceu em 87 países.
A chave para a redução da mortalidade, segundo o relatório, é garantir que os estados-membros adotem leis que cubram os cinco principais fatores de risco: dirigir sob o efeito de álcool, o excesso de velocidade, não uso do capacete, do cinto de segurança e das cadeirinhas. Apenas 28 países, que abrigam 7% da população mundial, possuem leis abrangentes nesses cinco fatores.
FETRAN Com o slogan “Transformando atitudes para salvar vidas”, o objetivo é promover a conscientização acerca da problemática do trânsito e debater temas relativos à cidadania a partir de atividades pedagógicas que incluem o trânsito como tema transversal importante no processo de ensino-aprendizagem.
SOBRE O INSTITUTO DE ACESSO A CIDADANIA
O Instituto de Acesso a Cidadania Ednice Maria Batista da Silva, é uma ONG que trabalha com vítimas de acidente de trânsito e prevenção através de campanhas educativas e de cunho social por meio de instituições filantrópicas, igrejas e associações. A ONG leva o nome da mãe do fundador, Alcimar Martins, sendo esta, mais uma vítima dos acidentes fatais que ocorrem todos os dias no trânsito. Naquele fatídico dia 19 de janeiro de 2014, dona Ednice estava sendo conduzida numa moto de Monteiro para uma cidade vizinha, para prestigiar um evento da Igreja Católica, e a moto em que ela estava, acabou se chocando frontalmente com outra moto conduzida por dois indivíduos menores de idade e alcoolizados. Por conta desse ocorrido, o seu filho, Alcimar, que já desenvolvia trabalhos de conscientização em escolas e presídios, resolveu desenvolver esse trabalho para evitar que mais famílias sofram com a perda de entes queridos, com um objetivo de saltar vidas.
“O que eu sei, é que é preciso fazer algo, deixar algo para que essa perda produza ganhos, pois admitir que apenas acabou, não consigo. O Instituto de Acesso a Cidadania não salvará o mundo, sabemos, mas apenas uma pessoa com acesso à campainha tiver consciência e bom senso na direção de um veículo, ou mudar seu comportamento a partir da reflexão que propomos, já teremos alcançado nosso objetivo”, afirmou Alcimar Martins.