O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (17) que seja investigado o papel do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) nos atos extremistas de 8 de janeiro, que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O ministro também mandou o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e a Polícia Federal apurarem a conduta do deputado. O ministro analisou uma notícia-crime apresentada pelo diretório do Psol na Paraíba.
Além do parlamentar, também serão alvo de apurações Walber Virgolino (PL), deputado estadual na Paraíba; Nilvan Ferreira (PL), que foi candidato ao governo do estado no ano passado; e a vereadora por João Pessoa Eliza Virgínia (Progressistas). O ministro também determinou que o pedido de investigação contra a ex-primeira dama da Paraíba, Pâmela Bório, seja incluído em processo na Corte sobre os atos de 8 de janeiro.
“Imprescindível, portanto, a realização de diligências, inclusive com o afastamento excepcional de garantias individuais que não podem ser utilizadas como um verdadeiro escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento para afastamento ou
diminuição da responsabilidade civil ou penal por atos criminosos”, disse Moraes.
Nilvan Ferreira publicou um vídeo do momento em que os extremistas subiam a rampa do Congresso Nacional. Na postagem, Nilvan dizia que o povo não aceitaria “a morte da liberdade”.
Segundo Moraes, Walber, Nilvan e Eliza atuaram por meio das redes sociais para incentivar os atos. Já Pâmela Bório participou da invasão ao Congresso Nacional. Ela compartilhou o momento nas redes sociais e filmou a si mesma e a outros no telhado do Congresso, área de circulação restrita.