No dia 7 de julho de 2012 os paraibanos se despediam do poeta e ex-governador do Estado, Ronaldo Cunha Lima. Ele morreu aos 76 anos na casa da família, em João Pessoa, após lutar contra um câncer no pulmão desde 2011. O poeta teve uma história política de quase 50 anos e, com dezenas de livros publicados.
Na ocasião da morte do pai, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), confirmou a partida de Ronaldo pelo Twitter. “Os Poetas não morrem! O Poeta Ronaldo Cunha Lima, após uma vida digna, descansou”, disse.
A história política de Ronaldo teve como palco principal Campina Grande. Aos 23 anos ingressou na vida pública quando foi eleito vereador. Foram quase 50 anos de carreira política até a renúncia do mandato de deputado federal em 2007, último cargo público que exerceu. Ronaldo deixou o senador Cássio Cunha Lima, seu filho, como principal sucessor na política. Hoje, o neto Pedro Cunha Lima é deputado federal.
Ronaldo já assumiu cargos no legislativo e no executivo: foi deputado estadual por dois mandatos e em 1969 se elegeu prefeito de Campina Grande, mas teve seu mandato cassado pela ditadura militar. Em 1982 ele foi novamente eleito prefeito da cidade, pelo PMDB, e assumiu o cargo em 1983. No ano de 1990 foi eleito governador da Paraíba, com mais de 100 mil votos de vantagem para o segundo colocado, cargo que deixou em 1994 para concorrer ao Senado Federal.
Em 2002 foi eleito deputado federal. Com problemas de saúde desde 1999, quando sofreu um acidente vascular cerebral, Ronaldo ainda ficou alguns anos na vida pública e deixou a Câmara dos Deputados em 2007, quando exercia o segundo mandato.