Mosquito transgênico reduziu população de Aedes Aegypti

A empresa britânica Oxitec anunciou nesta terça-feira (19) que seu mosquito geneticamente modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti espalhadas por um bairro de Piracicaba (SP). A cidade vive um de seus maiores surtos de dengue, mas no bairro de Cecap/Eldorado, em 2015, foram registrados apenas nove casos de dengue após o uso do mosquito modificado – contra 124 notificações antes da ação.

O mosquito produzido pela empresa, com o nome comercial de “Aedes do bem”, possui uma alteração genética que torna sua prole estéril. O macho de DNA alterado, quando liberado, busca uma fêmea para fecundá-la e produz um ovo infértil, barrando a oportunidade de machos selvagens se reproduzirem.

Durante o período de uso da tecnologia em Piracicaba, 25 milhões de mosquitos machos estéreis foram liberados no bairro alvo do programa.

Os mosquitos, segundo a empresa, não contribuem para a transmissão da dengue e outras doenças, porque só a fêmea do Aedes aegypti pica.

O anúncio do sucesso do projeto ocorre em um evento que começou às 10h na praça José Bonifácio. A prefeitura da cidade anuncia que decidiu prorrogar por mais um ano o projeto com o inseto transgênico no Cecap e pretende estender a ação para o centro do município.

Segundo o prefeito, a cidade ganhará uma nova unidade de produção dos insetos com capacidade de atender uma população de 300 mil pessoas. A Oxitec já tem uma unidade em Campinas.

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