Mulheres do Cariri paraibano ingressam no mundo do trabalho produtivo a partir do empreendedorismo e adicionam ao tradicional trabalho do lar atividades como agricultura agroecológica, artesanato, pesca e beneficiamento de peixes para garantir renda e contribuir com o orçamento familiar. Embora as atividades façam parte da vida de quem vive na zona rural, grupos de mulheres começam a fazer a diferença a partir do associativismo e do cooperativismo em ações de economia solidária, desafiando os problemas ocasionados pela seca, a resistência dos companheiros e o crédito escasso.
Para as mulheres, o trabalho e os rendimentos obtidos possibilitam a independência delas, inclusive financeira, além da oportunidade de fazer um trabalho em grupo, sair de casa, participar de eventos e viajar. Elas descobriram uma forma de garantir produção e renda a partir de onde vivem, utilizando as potencialidades do semiárido, em uma convivência harmônica e de sustentabilidade.
O cultivo de alimentos agroecológicos, produzidos por meio de irrigação e comercializados para a Companhia Nacional de Alimentos (Conab), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), além de três supermercados, cinco restaurantes e consumidores da feira agroecológica e da feira livre da cidade, garante uma renda familiar mensal de até R$ 3,5 mil para as agricultoras da Associação dos Produtores Agroecológicos de Monteiro (Apam). Um grupo de 17 mulheres que se intitula Guerreiras da Apam tem duplicado sua produção e suas vendas nos últimos dois anos, na comunidade Sítio Tingui.
Portal Correio