Essa é a primeira avaliação do IPS no Brasil, que traz os índices completos da realidade socioambiental dos 5.570 municípios do país. A pesquisa foi realizada para avaliar a qualidade de vida nessas cidades a partir de uma cesta de 53 indicadores secundários.
Cada cidade foi avaliada com nota de 0 a 100, e índices de três dimensões são eles: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, além de 12 componentes que são: Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, Água e Saneamento, Moradia, Segurança Pessoal, Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar, Qualidade do Meio Ambiente, Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior).
O IPS avalia ainda, o que realmente importa para as pessoas indo além do contexto econômico, afinal, desenvolvimento econômico não necessariamente representa desenvolvimento social. A ferramenta é baseada em dados públicos, que identifica e apresenta, em uma mesma escala, se as pessoas têm o que precisam para prosperar.
A Rainha da Borborema se destacou pelos índices de Moradia (98,28) que avalia Domicílios com Coleta de Resíduos Adequada, Domicílios com Iluminação Elétrica Adequada, Domicílios com Paredes Adequadas e Domicílios com Pisos Adequados; Água e Saneamento (93,17). A pontuação mais baixa, de acordo com a pesquisa, foi no quesito de Direitos Individuais (28,56), que abrange Acesso a Programas de Direitos Humanos, Existência de Ações para Direitos de Minorias, Índice de Atendimento à Demanda de Justiça e Taxa de Congestionamento Líquido de Processos.
A cidade tem 419.379 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem o PIB per capita de R$24.915,01.
A capital João Pessoa, com 833.932 mil habitantes, teve boa pontuação nos mesmos dois componentes: Moradia (95,2) e Água e Saneamento (89,39). O PIB per capita é de R$26.868,70 com uma diferença de apenas R$1.953,69 em relação a Campina. Já o pior pontuação da cidade foi em Inclusão Social (40,81) que compreende, dentro da pesquisa, componentes como: Paridade de Gênero na Câmara Municipal, Paridade de Negros e Pardos na Câmara Municipal, Violência contra Indígenas, Violência contra Negros e Violência contra Mulheres.
A terceira cidade da Paraíba com melhor qualidade de vida é Cabedelo, com pontuação de 65,01. Moradia foi o componente melhor avaliado (90,84) e o pior foi Direitos Individuais (22,17).
Fechado o grupo das dez cidades melhor avaliadas, cinco estão na Região do Sertão do estado e duas nas imediações de Campina Grande. São elas: Carrapateira (64,58) Passagem (63,86), Gurjão (63,56), Sousa (63,53), Sertãozinho (63,24), Santa Luzia (63,06) e Soledade (63,04).
As cinco cidades paraibanas com pior avaliação em todos os componentes são Nova Floresta (49,52), Jericó (49,13), Pitimbu (49,4), Cruz do Espírito Santo (48,23) e Marcação (47,36).
De acordo com o relatório da IPS-Brasil, os dados apresentados norteiam as estratégias para o aprimoramento e sustentação da qualidade de vida das pessoas e que nas próximas pesquisas seja possível fazer comparativos dos dados, já que essa foi a primeira pesquisa realizada no país. A escolha dos indicadores foi baseada na confiabilidade das fontes dos dados, acessibilidade, abrangência e atualização.
Paraíba tem segunda melhor qualidade de vida do Nordeste
Entre os estados do Nordeste, a Paraíba (60,11) ficou em segunda posição no ranking de qualidade de vida. O estado de Sergipe (61,20) ficou em primeiro lugar, de acordo com o relatório do IPS-Brasil. Em seguida ficaram os estados de Ceará (59,71), Rio Grande do Norte (59,52), Piauí (59,30), Pernambuco (59,22), Bahia (57,85), Alagoas (57,42) e Maranhão (55,72).
No ranking entre os estados brasileiros, a Paraíba ficou com 60,11 pontos do IPS Brasil, na 13ª posição, abaixo de 11 estados e do Distrito Federal. A melhor pontuação, conforme o relatório, é em Moradia 92,29 e Água e Saneamento com 71,47. Assim como a Capital do estado, o menor desempenho é em Direitos Individuais 33,74.