O caos na segurança pública do Espírito Santo pode chegar à Paraíba em breve. As mulheres de policiais militares da Paraíba ameaçam iniciar protestos e bloqueio da saída de viaturas dos batalhões e outras unidades da PM em João Pessoa e no interior do Estado. Elas reivindicam por melhores salários e condições de trabalho. A PM realizará uma assembleia geral na próxima sexta-feira (10), às 14h, na sede do Clube dos Oficiais da PM em Campina Grande, na ocasião será discutida a paralisação.
“Não podemos nos calar diante da realidade, desde 2010 os nossos maridos e filhos tiveram aumento salarial de 12% apenas, e comandante da polícia militar disse na imprensa que esse aumento foi de 75%. Isso é uma mentira. Estamos lutando por um direito que também é nosso, já que os nossos maridos não podem fazer isso por medo represália, como o Governador costuma fazer. Ele se acha o rei. Se isso não mudar, vamos fechar as saídas dos batalhões”, afirmou por Zoraide Gouveia, presidente da Associação das Mulheres, Mães e Pensionistas dos Policiais e Bombeiros Militares da Paraíba (Assemp).
A assembleia, convocada pelo Clube dos Oficiais, vai discutir a situação salarial na Polícia Militar, previdência, promoção e as reivindicações da Assemp.
De acordo com o Presidente do Clube, Coronel Francisco de Assis Silva, na Paraíba os policiais militares recebem o menor piso do país. “Se a situação salarial do Espírito Santo está ruim, imagine a nossa que tem o menor piso do país. Pode ver a tabela. Nos últimos seis anos tivemos um aumento de 12%, e no ano passado não tivemos aumento nenhum. Além disso, hoje a promoção na carreira, que é um dos maiores anseios de um policial, não está acontecendo e as pessoas estão se frustrando. Depois de 25 anos de serviço prestado e muito preparo, o Governo não está reconhecendo. Crise nenhuma explica isso. Esse direito é certo e o militar está tendo que brigar na justiça”, lamenta.
Diante desse quadro, a presidente da Assemp ressaltou que, “Vamos pra rua se houver uma decisão de assembleia nesse sentido, ou seja, para que os familiares dos PMs façam um movimento semelhante àquele que desde sábado paralisou por completo a Polícia Militar em Vitória (ES) e em todo o interior daquele Estado”, garantiu Zoraide Gouveia.
Nayanne Nóbrega – MaisPB