Em uma declaração concedida nesta segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não iria polemizar com o ex-presidente Lula, libertado da última sexta-feira (08), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que beneficiou condenados em segunda instância. “Não vou polemizar com condenado”, disse o gestor após ser indagado pelo repórter Maurílio Júnior.
Ao ser solto, o ex-presidente se referiu à gestão Bolsonaro como de milicianos. “Não adianta ficar com medo. Não adianta ficar preocupado com as ameaças que eles fazem na televisão, que vai ter miliciano, que vai ter AI-5 outra vez. A gente tem que ter a seguinte decisão: esse país é de 210 milhões de habitantes, e a gente não pode permitir que os milicianos acabem com este país que nós construímos”, declarou em discurso fora da prisão.
Bolsonaro está em Campina Grande para a entrega das chaves do Complexo Habitacional Aluízio Campos. Ele também não quis falar sobre a PEC que vai analisar a prisão em segunda instância no Congresso Nacional. “Eu não voto e o parlamento tem completa independência”. A proposta, de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), insere o inciso XVI no art. 93 da Constituição Federal para permitir a possibilidade de execução provisória da pena, após a condenação por órgão colegiado.
Sobre as ações do governo, o presidente disse que a prioridade “é concluir as obras, e não começar nada novo”. Ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; do prefeito Romero Rodrigues; do líder da bancada federal, Efraim Filho; e de várias outras autoridades, o presidente evitou comentar a ausência do deputado federal Julian Lemos, seu colega de partido e fiel aliado.
O parlamentar paraibano tem estado em atrito com os filhos do presidente e declarou que não faria parte de “hipocrisia política e desse teatro”. “Política local é com os políticos locais”, se limitou a dizer o presidente. Já os deputados estaduais Cabo Gilberto e Moacir Rodrigues, ambos do PSL, acompanham o gestor na visita à Paraíba.
Com MaisPB