NAQUELE TEMPO

Por Efigênio Moura

Naquele tempo, imagino eu, Deus criou tudo e também a água. Deus, imagino eu, dividiu tudo direitinho, menos a agua.

Tanta água nas regiões norte e sul e tão pouca na África e no Nordeste do Brasil, concidentemente, pertinho do território africano.

Mas como Deus não é justo, deu o suficiente para vivermos bem, mas a inércia dos homens do poder e a ganancia é tanta que a agua que temos serve para sobrevivermos.

Naquele tempo, Deus não pensava em Ricardo Coutinho como governador da Paraíba e nem imaginava que ele fosse fazer da Cagepa o que ela é hoje, onde gerentes e funcionários estão amarrados com uma tal de crise e sequer, podem tomar decisões sozinhos sem que obedeça a um cronograma que tenho certeza, Deus não aprovaria e eu nem sei que cronograma é esse e se existe, o fato é que o esgoto, que também é responsabilidade da Cagepa, vem incomodando como não deveria os pagadores de impostos de Monteiro, e isso até podia ser um problema comum, mas não é.

É corriqueiro, mas de solução aproximada. Dias desses um site disse que um funcionário da estatal teria revelado que há desinteresse da Cagepa em solucionar os problemas locais. Chove ( e nem agua é) denúncias de que há vazamentos, é a pouca agua fugindo de nós e com a coparticipação da Cagepa. Tomara que essa adutora amenize a sede de alguns dos irmãos caririzeiros.

Naquele tempo, quando Deus criou o mundo, o Brasil e deixou os invasores matar os Cariri, havia uma terra Paraíba onde ainda não havia o sequer o Sandu, magina o Santa Filomena? Apôi, depois de tudo feito, Deus colocou no comando os homens e os homens colocaram no poder Ricardo Coutinho e Ricardo Coutinho deixou em tempos pós eleitorais encher de trabalhadores os hospitais do estado e então, um ano depois, resolveu fazer uma limpa e atinge de cheio quem tem contas a pagar, carnês a vencer, cartões de créditos a lhe infernizar.

As demissões do Santa Filomena, do Regional de Itabaiana , do Hospital de Sousa, patos, Campina, Joao Pessoa podem até parecer necessárias ( justas nunca), mas o que intriga é a falta de respeito para quem tem serviços prestados e cumpria com devoção sua tarefa de auxiliar o estado, em seus lugares, nenhum concursado foi contratado.

Há uma conversa que sai da Assembleia Legislativa e adentra a Paraíba de que o governador estaria se municiando para as eleições do ano que vem. O aumento da verba de 50% em publicidade e a possibilidade diminuição da verba para segurança, igual a realizada nesses anos, estaria se aproximando.

Não quero e não estou aqui para fazer defesa de ninguém, mas os políticos que estão com o governo estadual, pouco ou nada podem fazer, principalmente para quem conhece o estilo centralizador e egocêntrico do governador Ricardo Coutinho.

Nabor Wanderley (é deputado da base do governo) Francisca Mota, Veneziano, Adriano Galdino, Juraci Conrado entre tantos não são os donos da caneta e nem tem o poder de persuasão que queríamos que tivesse. Se tivessem, tenho certeza que a situação, pelo menos desses funcionários, seria outra.

Há movimentos para que o governador da Paraíba seja candidato a presidência da república.

As rodas dos carros de boi gemem e gemerão.

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