Por Sérgio Bezerra
Pelo visto, começa a se desenhar o cenário político de Monteiro para as próximas eleições municipais, e, desta feita, com uma novidade: a possibilidade de o pleito contar com três candidatos com chances de vitória, algo impossível de se pensar a bem pouco tempo.
No palácio amarelo, após a reeleição da prefeita Ednacé Henrique, a pré-candidatura de Ana Lorena de Dr. Chico parecia natural. Passou um tempo adormecida, mas, ultimamente, salta aos olhos que esta candidatura parece ter incorporado o estilo de Usain Bolt, deixando rapidamente os concorrentes internos comendo poeira.
No palácio vermelho, o queridinho do governador na cidade, o ex-vereador Conrado Oliveira, apresenta-se como o pré-candidato natural, herança da última campanha eleitoral, quando, mesmo desabrigado das benesses de qualquer entidade ou órgão governamental, teve a coragem de peitar a fortíssima candidata e atual prefeita Ednacé Henrique, perdendo por pouco a mais recente eleição municipal.
Aí, entra a novidade: o vereador Paulo Sérgio acordou forte e robusto, da hibernação – e assumiu que também vai disputar o pleito, trazendo na bagagem o apoio de, no mínimo, cinco vereadores da atual legislatura, somados aos insatisfeitos com a água servida nos palácios amarelo e vermelho.
Nesse quadro, apreciadores das pré-candidaturas de Ana Lorena e Conrado Oliveira acreditam que o embate se dará entre eles. Sustentam que Paulo Sérgio está apenas valorizando o passe, que a cidade não comporta três vias. E que basta os líderes Carlos Batinga e João Henrique acrescentarem no cardápio queijos e vinhos que a insatisfação irá parar pra lá de Marrakesh.
Por outro lado, os defensores da candidatura de Paulo Sérgio apostam que o povo de Monteiro aspira por nova imagem, e que até mesmo os mais ferrenhos amarelos e vermelhos não desejam um retrocesso na condução administrativa da cidade, deixando a entender que nem Lorena, nem Conrado têm condições de segurar o andor.
Veremos.
