Novo PGR não será ‘amigo de Lula’, mas alguém que ‘não faça denúncia falsa’, diz presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (1º), em transmissão nas redes sociais, que a escolha do novo procurador-geral da República é “problema dele”, e que ouvirá pessoas de sua confiança para definir o sucessor de Augusto Aras.

Lula já afirmou em ocasiões anteriores que não pretende observar critérios tradicionais, como a lista tríplice elaborada pela cúpula do Ministério Público Federal e enviada ao Palácio do Planalto.

“Vou escolher com mais critério, com mais pente fino para não cometer um erro. Não quero escolher alguém que seja amigo do Lula. Eu quero escolher Alguém que seja amigo desde país, alguém que goste desse país, alguém que não faça denúncia falsa”, afirmou.

Desde que foi preso como desdobramento da operação Lava Jato – em processos hoje anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) –, Lula passou a criticar a atuação do Ministério Público, da PGR e de alguns membros do Judiciário como o ex-juiz Sergio Moro ( hoje, senador pelo Podemos-PR) e o ex-procurador Deltan Dallagnol (que se elegeu deputado, mas foi cassado).

“As pessoas já estão preocupadas com Procuradoria-Geral da República, com novo membro da Suprema Corte. Ninguém nesse país tem mais experiência de escolher procurador do que eu, já escolhi três”, disse Lula.

“Vou escolher no momento certo, na hora certa, vou ouvir muita gente. […] Vou discutir se é homem, se é mulher, se é preto, se é branco, tudo isso é um problema meu, que tá dentro da minha cabeça. E quando eu tiver um nome, eu indico, simples assim.”

O blog da Camila Bomfim no g1 mostrou nesta terça que Lula ainda não tem um nome favorito para suceder Aras – e que pode, inclusive, usar a regra que prevê um “PGR interino” para ganhar tempo até a decisão.

FMI vai errar previsões, diz Lula

Lula também afirmou na transmissão desta terça que o Fundo Monetário Internacional (FMI), uma das principais instituições financeiras do planeta, vai “errar todas as afirmações” sobre as perspectivas de crescimento do Brasil.

Lula tem dito, desde que assumiu o governo, que o país tem condições de crescer acima do patamar médio de 2% ao ano previsto para os próximos anos – ritmo similar ao desempenho da economia nas últimas décadas.

“As pessoas vão se surpreender com o Brasil. O FMI vai errar todas as afirmações sobre o PIB, não vão dar certo. Porque o Brasil vai crescer de forma sólida, de forma confiável. E mais importante que só crescer, vamos fazer um crescimento distributivo”, disse Lula.

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