A Polícia Federal deve notificar nesta quinta-feira (3) o italiano Mario Ferri, de 27 anos, a deixar o país em três dias – do contrário será preso e deportado.
Nesta terça (1), durante o jogo entre Bélgica e Estados Unidos, pela Copa do Mundo, Ferri entrou na Arena Fonte Nova, em Salvador, em uma cadeira de rodas, simulando ter alguma deficiência. Aos 16min do primeiro tempo, ele se levantou da cadeira, atravessou uma barreira de proteção e invadiu o gramado. Depois, foi contido por seguranças.
A PF recebeu da Interpol (polícia internacional) e da polícia italiana informações sobre os antecedentes de Ferri, que já invadiu gramados ingleses e italianos. Segundo a polícia da Itália, ele está proibido de frequentar estádios nos dois países.
O chefe da Interpol no Brasil, delegado Luiz Navajas, afirmou que Ferri foi preso em flagrante por invasão do gramado da Arena Fonte Nova e por estelionato, já que ele entrou no estádio se passando por um cadeirante. Ele pagou fiança e foi liberado.
“Agora, ele foi notificado para deixar o Brasil em três dias. Ou seja, ele terá que saír do país em três dias sob pena de deportação imediata”, declarou o delegado.
Navajas disse que, apesar dos antecedentes de invasão de gramados, a entrada de Ferri no Brasil não foi detectada porque o nome dele não constava da base de dados da Polícia Federal.
“Após o ocorrido – e aprofundando as pesquisas junto à polícia italiana – nós verificamos que ele tinha uma difusão verde [alerta] expedida sobre sua habitualidade de arranjar confusões em eventos esportivos, principalmente invasões de campo. E também tinha uma extensa ficha policial, tanto por desacato, perturbação da ordem, dano ao patrimônio privado e público e, principalmente, violência em estádios, brigas em estádios”, declarou o advogado.
Segundo Navajas, os registros da polícia italiana indicam que, em razão de problemas causados em eventos futebolísticos em Roma, Ferri foi proibido neste ano pela Justiça da Itália de ingressar na cidade durante três anos.