O que se sabe sobre caso da adolescente de 15 anos assassinada em Monteiro

Gilson Cruz de Oliveira Monteiro e a adolescente Maria Vitória dos Santos. Gilson é o único suspeito de matar Vitória, de 15 anos, em Monteiro, PB. — Foto: Reprodução/TV Cabo BrancoUm relacionamento que chamava a atenção dos moradores de Monteiro, no Cariri da Paraíba, por conta da diferença da idade, teve o pior desfecho possível no último domingo (14): Maria Vitória dos Santos, de 15 anos, foi assassinada pelo namorado, Gilson Cruz de Oliveira, de 56, que foi preso no dia seguinte.

De acordo com o delegado, o prazo para a conclusão do inquérito policial é até o próximo dia 25 de julho. A arma utilizada no crime ainda não foi localizada.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro ato libidinoso com menor de 14 anos constitui estupro de vulnerável, com pena de reclusão de oito a 15 anos, mesmo que haja consentimento da vítima.

Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:

Quando aconteceu?

O caso aconteceu em Monteiro no final da tarde do último domingo (14), em Monteiro, no Cariri paraibano. De acordo com testemunhas, Maria Vitória e Gilson estariam bebendo na casa dele quando uma discussão foi iniciada. Foi nesse momento que o homem teria feito os disparos que matou a adolescente.

Como o suspeito foi preso?

O suspeito foi preso após a placa do carro de Gilson ser localizada através do monitoramento de câmeras de trânsito pela Polícia Civil. Foi solicitado o apoio da Polícia Militar de Pernambuco, que conseguiu prender o suspeito por volta das 17h, quando ele já estava em Brejo da Madre de Deus, município pernambucano.

Por quais crimes ele pode responder?

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Sávio Siqueira, o suspeito, que está preso, pode ser indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável.

O que diz a família da vítima?

Segundo a mãe de Maria Vitória dos Santos, Maria Lúcia dos Santos Farias, a menina passou a ser abusada aos 13 anos. Em depoimento, a mãe afirmou que Gilson teria dado bebida para a menina antes de ter relações sexuais com ela.

Apesar do depoimento da mãe, o delegado afirmou que ainda vai ouvir outras pessoas para reunir mais informações e investigar se houve o crime de estupro de vulnerável.

O delegado solicitou as quebras do sigilo telefônico dos celulares da vítima quando de Gilson. Maria Vitória foi sepultado na terça-feira (16), em Monteiro.

A vítima já havia denunciado o agressor?

Conforme o delegado Sávio Siqueira, conhecidos relatam um relacionamento com constantes agressões de Gilson contra a vítima. Apesar disso, não existe registro policial dessas agressões na Delegacia de Polícia Civil de Monteiro.

No entanto, após o crime uma série de outros fatos começaram a ser descobertos: Maria Vitória já havia relatado em mensagem de áudio enviada para uma amiga que o namorado, era violento e já tinha feito ameaças com uma arma de fogo.

A mãe da adolescente afirmou que Maria Vitória tentava terminar o relacionamento com Gilson, pois tinha medo e sofria ameaças. Também disse que a jovem chegou a mudar de escola, mas não conseguia manter os estudos porque Gilson a impedia.

O suspeito já foi condenado por lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica contra a própria filha.

Eles estavam juntos há quanto tempo?

Em entrevista à TV Paraíba, afiliada da Globo, a mãe disse que Maria Vitória conheceu o suspeito quando começou a trabalhar na padaria dele, há aproximadamente dois anos. Na época, a jovem tinha apenas 13 anos.

Quem já prestou depoimento à policia?

Na quarta-feira (17), foram colhidos mais quatro depoimentos: da mãe, uma tia, uma prima e uma colega da adolescente. Na terça-feira (16), outras duas colegas prestaram depoimento.

O que o suspeito diz?

Ainda conforme o delegado, Gilson disse em conversa informal na delegacia que teria atirado em Maria Vitória depois dela ter feito uma brincadeira sobre uma briga que o homem se envolveu no começo do ano. Na ocasião, ele foi encontrado desacordado dentro de um carro. Porém, durante o depoimento oficial e a audiência de custódia, ele preferiu ficar em silêncio.

A defesa do suspeito ainda não se pronunciou.

Com G1-PB

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