Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), realizará, na próxima terça-feira (25), Assembleia da Advocacia Negra na Paraíba. O evento acontecerá no auditório da OAB-PB, a partir das 15h, será aberto para toda a advocacia e a sociedade em geral.
O presidente da OAB, Harrison Targino, destaca que, apesar do nome da assembleia ser voltado para a advocacia negra, o evento será aberto para toda a sociedade, com todos os participantes tendo direito a falar, para expressar suas reivindicações, lutas e conquistas.
“A OAB-PB convoca toda a advocacia, a advocacia negra e a sociedade em geral, que lutam pelo fim de todo e qualquer tipo de discriminação para integrar o evento que dará voz a todos os presentes para expor sua luta, reivindicações e conquistas”, destaca o presidente da OAB, Harrison Targino.
A assembleia contará com palestras das advogadas Mislene Santos, Ana Cristina Estrela, Erika Ferreira Bruns, Francisca Lopes Leite Duarte, Leilane Soares, Ana Paula Albuquerque Costa e Maria Rodrigues de Almeida.
A presidente da Comissão de Combate ao Racismo e Discriminação Racial da OAB-PB, Mislene Santos, afirma que o evento é uma grande oportunidade de reunir a advocacia em geral, sociedade civil, movimentos sociais e as instituições para comemorar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.
“Precisamos ter pele negra e usar as máscaras negras. Precisamos abalar a estrutura das construções psíquicas colonizadas da negritude”, na atualidade, com escreveu Frantz Fanon, no livro Pele Negra, Máscaras Brancas. Precisamos acabar com o sentimento de “dependência e inadequação que os negros experimentaram” como disse Fanon e eu complemento dizendo que esse sentimento ainda está presente na atualidade na vida da população negra”, declarou Mislene Santos.
“Precisamos acabar com a exclusão na inclusão que oferece as vagas, mas nos nega o acesso, com editais de processos seletivos que dizem mais do que o que está escrito precisamos ser a corrente transmissora da igualdade, da fraternidade e da humanidade, pois a humanidade não tem cor”, acrescentou.