Mesmo com o período chuvoso já iniciado, 20 reservatórios da Paraíba ainda estão em situação crítica com volume abaixo de 5% da capacidade, de acordo com o monitoramento da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa). Apenas quatro açudes estão sangrando, 67 têm mais de 20% do volume e 33 estão em observação porque estão com menos de 20% do volume total.
Os açudes com situação crítica são Algodão (1,6% da capacidade total), Bichinho – Barra de São Miguel (4,2%), Bom Jesus – Carrapateira (2%), Campos – Caraúbas (0%), Caraibeiras – Picuí (2,9%), Covão – Areial (0,2%), Emídio – Montadas (0,6%), Jeremias – Desterro (2,2%), Lagoa do Meio – Taperoá (1,1%), Olivedos – Olivedos (2,5%), Paraíso (Luiz Oliveira) – São Francisco (1,7%), Pocinhos – Monteiro (0%), Prata II – Prata (4,5%), Riacho de Santo Antônio – Riacho de Santo Antônio (4,1%), Sabonete – Teixeira (2,4%), Santa Luzia – Santa Luzia (0%), Serrote – Monteiro (0%), São José IV – São José do Sabugi (0%), Taperoá II (Manoel Marcionilo) – Taperoá (0%) e Vaca Brava – Areia (1,4%).
Na Zona Rural de Remígio, município abastecido pelo açude de Vaca Brava, os moradores sofrem com a frequência em que a água chega na torneira. “Demora. Tem vez que chega do sábado para o domingo, tem vez que chega na quarta-feira. Chega mais de noite. Quando a gente vai encher os baldes, falta”, relatou o agricultor José Marcelino.
Entre 1º e 9 de julho choveu 16,2mm em Remígio, ainda segundo a Aesa, mas não foi o suficiente para compensar o volume tão baixo do reservatório, que também abastece a cidade de Esperança.
Como a água que chega para a população é a concentrada no que seria o fundo do açude, além de pouca, ela é barrenta. “Não chega aquela água limpa. Só tem três dias por semana e vamos esperar só quando chegar a chuva, esperar pela vontade de Deus”, comentou a agricultora Clenilda Veloso.