OLHO VIVO

TRÂNSITO SÓ MELHORA COM EDUCAÇÃO

     Por Simorion Matos
Bastante louvável a iniciativa corajosa e ousada da prefeita Edna Henrique de organizar o trânsito da cidade de Monteiro, contribuindo de forma decisiva para o ordenamento urbano.

A Prefeitura está fazendo a sua parte, sendo necessário agora o engajamento mais efetivo da população e das entidades representativas da comunidade.

O sistema, como era de se esperar, ainda não funciona perfeitamente, porque muitos usuários não obedecem à sinalização. Não devemos simplesmente culpar os que ainda não estão obedecendo plenamente às novas regras. É humanamente impossível que em pouco tempo uma população já esteja suficientemente preparada para acatar e operacionalizar mudanças, principalmente num trânsito que foi sinalizado há pouco mais de um ano. Numa cidade com 143 anos, as pessoas durante décadas trafegaram de uma forma e precisam adaptar-se ao novo formato.

Devem ser intensificadas campanhas educativas, orientando e estimulando os usuários do trânsito, fazendo ver a todos que as modificações introduzidas têm por objetivo melhorar a qualidade de vida, proporcionando mais segurança e melhorando a mobilidade.

Se a população, que é a grande beneficiada, não estiver devidamente consciente da importância da organização do trânsito de Monteiro, os resultados esperados jamais serão obtidos.

Para esta conscientização, educar e orientar são mais proveitosos do que criticar e cobrar.

OPOSIÇÃO EM SUMÉ

O empresário João Pereira, ex-vice-prefeito de Sumé, informou recentemente que o vereador Juan Pereira, seu filho, poderá ser o candidato a prefeito do município pela oposição, nas eleições do próximo ano.

Mesmo sendo uma voz praticamente isolada no parlamento sumeense, Juan tem feito uma oposição combativa e vigilante, conquistando espaços expressivos junto à comunidade.

O grupo tem o apoio do deputado estadual Frei Anastácio e do deputado federal Veneziano Vital do Rego.

INABILIDADE POLÍTICA

Pouco mais de um mês depois que o deputado João Henrique votou no candidato do governo para a presidência da Assembleia Legislativa com um voto decisivo, a administração de Ricardo Coutinho dá o troco: tira de Monteiro, terra natal do parlamentar e onde sua esposa é prefeita, a sede da plenária regional do Orçamento Democrático Estadual.

Não foi à toa que RC já teve o apoio da grande maioria na ALPB e findou o primeiro mandato com uma bancada de apenas 6 deputados.

UMAS & OUTRAS

Luiz Marcelino, a voz de ouro de Monteiro

A cidade de Monteiro sempre foi muito bem servida em termos de comunicação. Dispõe atualmente de 3 emissoras de rádio: Monteiro FM, 104 Imprensa FM e Rádio Santa Maria AM.

O precursor da comunicação em áudio foi Tobias di Pace, nos anos 60, com a sua Rádio Cacique. A Difusora de Monteiro foi a grande referência, por onde passaram locutores como Cici de Filó, Alamir, Dedé Peitica, Bittencourt do Banco do Brasil, Fernando José e o mestre que podia ser chamado de 3 formas: Luiz Gonzaga de Paiva, Luiz Marcelino ou Luiz da Difusora.

A Difusora de Monteiro pertencia ao município e funcionou em vários endereços. Na sua fase de ouro, sob o comando de Luiz Marcelino, o estúdio era localizado na Travessa Fundador Monteiro (beco da igreja), ao lado da residência de dona Celeste Santa Cruz.

Com alto falantes espalhados por vários pontos da cidade, a Difusora chegou durante certo tempo a operar como rádio, utilizando um pequeno transmissor de mesa, em amplitude modulada.

No começo, rodava-se os discos de 78 rpm, e a cada música era trocada a agulha do toca-discos. Depois vieram os LP e os Compacto (simples ou duplo).

A voz vibrante de Luiz Marcelino enchia os céus de Monteiro, diariamente, no horário de 6 às 9 da noite.

Na Praça João Pessoa, onde havia o passeio, as pessoas ouviam os sucessos de Orlando Silva, Carlos Alberto, Ângela Maria, Orlando Dias, Trio Irakitan, Núbia Lafayette, Luiz Gonzaga, Carlos Gonzaga, Silvinho, Demônios da Garoa, Miltinho, Altemar Dutra, Moacir Franco, Ataulfo Alves. A Jovem Guarda despontava com Roberto Carlos, Wanderléia, Martinha, Paulo Sérgio, Reginaldo Rossi, Wanderley Cardoso.

Vez por outra, alguém mais afoito oferecia uma música a outro alguém, “como prova de muito amor e carinho”.

Os monteirenses, sessentões e setentões, podem até não sentir saudades, daquelas que a gente chora, mas jamais poderão esquecer a Difusora de Monteiro e o seu ícone, Luiz Marcelino, que pontualmente às 9 da noite fechava o programa rodando Besame Mucho, com a orquestra de Ray Conniff e, interpretando um texto característico, dizia:

“Chegamos ao final de mais um programa Mensagens Sonoras. A você, nosso muito obrigado. Estaremos juntos, novamente, amanhã a partir das 6 horas da noite, se o bom Deus nos permitir. Porque, graças a Ele, a vida continua. BOA NOITE”.

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